Entre o pensar e o fazer: narrativas através das fotografias de quem vive a periferia
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1598Palavras-chave:
cultura, política,Resumo
O presente trabalho visa apresentar a pesquisa de mestrado, em andamento, sobre narrativas das periferias. Utilizando a fotografia enquanto ferramenta de pesquisa e dispositivo para reflexão, ambiciona-se promover esta linguagem como meio de expressão e experimentação na comunicação social, tornando-a assim um instrumento social. Na perspectiva da Antropologia compartilhada, estudantes do Ensino Fundamental II, de escolas situadas em regiões periféricas da cidade do Rio de Janeiro, produzirão fotografias que trarão um olhar de quem vive estas fronteiras. A cidade, as imagens e a vida serão os temas que nutrirão a pesquisa, focando em territórios periféricos por compreender que se faz necessário deslocar o olhar do centro em direção às fronteiras, ao marginalizado. A fotografia é explorada aqui como possibilidade de um terreno fértil, laborativo, colaborativo e libertador, compreendendo o potencial único do visual enquanto forma de intervenção social e antropológica. A ideia é suscitar, através do uso de tecnologias DIY (Do It Yourself), questões que vão além da esfera biologicamente vital, isto é, do ir e vir cotidiano. A linguagem escolhida foi a fotografia por conter em si mesma a eficácia das formas visuais enquanto linguagem dialógica. Nos convida a considerar mais a sério o quanto o visual pode ser antropologicamente informado. É educar o olhar para atos que envolvem o observar, o refletir e o produzir, de modo que a transitividade da consciência perpasse a inserção, integração e representações diversas da realidade.
Métricas
Referências
ADORNO, Theodor W. Educação — para que? Debate na Rádio de Hessen; transmitido em 26 de setembro de 1966; publicado em NeueSammlung, janeiro/fevereiro de 1967.
AGIER, Michel. Encontros etnográficos: interação, contexto, comparação. 1. Edição, São Paulo: Editora Unesp; Alagoas: Edufal, 2015
CANDAU, Vera. Diferenças culturais, cotidiano escolar e práticas pedagógicas. Currículo sem Fronteiras, v.11, n.2, pp.240-255, Jul/Dez 2011.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real' Didi-Huberman. Pós: Belo Horizonte, v. 2, n. 4, p. 204 - 219, nov. 2012.
EDWARDS, Elizabeth. Antropologia e Fotografia. Cadernos de Antropologia e Imagem 2: 11-28, 1996.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11a ed. Rio de Janeiro: DP&A; 2006.
HOOKS, Bell. “Introdução” (p.9-24); “Pedagogia Engajada” (p.25-36). In: Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão de Cipola. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
NOVAES, Sylvia Caiuby. Imagem e Ciências Sociais: trajetória de uma relação difícil. In: BARBOSA, Andréa; CUNHA, Edgar da; HIKIJI, Rose (Org.). Imagem-Conhecimento: antropologia, cinema e outros diálogos. Campinas: Papirus, 2009. P. 35-60.
PINK, Sara. Visual engagement as social intervention: applied visual anthropology. In PINKS S. The future of visual anthropology. Engaging the senses. London: Routledge, 2006, p. 81-102.
SCHERER, Joanna. Documento fotográfico: fotografias como dado primário na pesquisa antropológica. Cadernos de Antropologia e Imagem 3: 69-83, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.