Cultura no plural: reflexões e interpretações em (des)construção
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i3.1836Palavras-chave:
Cultura, espaço semiótico, diferença, desconforto, pluriversalidade.Resumo
Em consonância com as expansões interpretativas ou expansões de perspectivas propostas por Monte Mór (2018), o presente trabalho busca refletir sobre o(s) sentido(s) de cultura a fim de desafiar a lógica dominante que sustenta e regula os processos culturais que determinam as representações sobre nós mesmos e sobre a realidade. A partir de uma perspectiva decolonial, este artigo visa a possibilitar interpretações que acompanhem a pluralidade, a diversidade e a heterogeneidade de formas de pensar e de agir emergentes de localidades múltiplas e que impulsionam novos paradigmas e novos modos de (re)construir a realidade, para que nossas práticas (sociais, acadêmicas, educacionais) não se façam alheias à responsabilidade social, cultural, intelectual e política que ampara a práxis questionadora aqui pretendida. Para tanto, o presente artigo abre espaços de diálogo com teorias diversas, sem delimitar o escopo interpretativo do texto, numa tentativa de abandonar o casulo das certezas relativas e de possibilitar novas interpretações que transcendam as fronteiras disciplinares.
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