Retratos de desaparecidos no Espaço de Memória e Direitos Humanos (ESMA), Argentina
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1085Palavras-chave:
Ciências Humanas, Ciências SociaisResumo
O regime político ditatorial, que emergiu na América Latina a partir da década de 1960, foi caracterizado por uma postura autoritária e de significativas violações aos direitos humanos. Para conseguir seus objetivos e aniquilar o suposto inimigo, foi utilizado recursos ortodoxos militares, como, por exemplo, tortura física e psicológica. Para essas práticas, eram necessários locais onde centenas de milhares de pessoas em condições sub-humanas estiveram em cativeiro, sendo que a maioria desapareceu nessas circunstâncias. Esses lugares ficaram conhecidos como Centros Clandestinos de Detenção, Tortura e Extermínio (CCDTE), e na atualidade alguns foram ressignificados como Espaços de Memória e Direitos Humanos. Na Argentina, durante a última ditadura civil-militar (1976-1983), um dos mais emblemáticos é onde funcionou a Escola de Mecânica Armada (ESMA). As desaparições ocorridas durante esse período, hoje se fazem presentes pela imagem dos desaparecidos. As imagens, portanto, são enunciativas do desaparecimento e sua história. Convergem para o discurso de uma vida interrompida e das razões políticas que levaram a isso. De forma simbólica, essas fotografias tem o desejo de que a memória desse passado recente não se esmaeça com o tempo, evocam o “não esquecimento”. O espaço de memória imprime, por meio da sua visualidade, um sentimento dúbio do que se vê e do que não pode ser visto, do que é e do que era e foi ocultado. É o sentimento imanente da presentificação da ausência.
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