Construindo o Gênero na Escola: Ações Visíveis e Invisíveis

Authors

  • Íngrid Schmidt Visentini

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1268

Keywords:

Ciências Humanas, Ciências Sociais, Cultura

Abstract

O presente estudo busca analisar os papéis de gênero no ambiente escolar, observando a construção de gênero em uma dicotomia entre feminino e masculino e de que forma isso se dá a partir das ações das crianças e do professor/professora com a respectiva influência ou não de fatores tanto internos quanto externos ao ambiente escolar. Observa-se que meninos e meninas são dissociados conforme seus gêneros. As crianças apreendem e reproduzem que há uma separação entre os gêneros feminino e masculino e esse aprendizado é construído a partir de questões aparentemente simples, tais como: o banheiro o qual devem frequentar, as roupas as quais devem usar, as cores designadas como adequadas e os tipos de brinquedos que devem brincar. Na educação infantil, essa distinção também está presente e acontece desde o formar a fila dos meninos e a fila das meninas. Além dessas ações visíveis bem direcionadas, as próprias crianças, em momentos nos quais não há a imposição de papéis de gênero, tendem a reproduzir a dicotomia do masculino e do feminino como quem adota e adere ao papel social que lhe é atribuído. Tendo em vista esta perspectiva de estrutura e agência na qual se conjugam ações visíveis e invisíveis, buscamos analisar a vigorosa lógica dicotômica que “compartimenta” meninas e meninos no contexto da vida escolar.

Metrics

Metrics Loading ...

References

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. 2.ed. - Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2009.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais: Orientação Sexual.Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: https://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/pcn/volume-10-6-temas-transversais-orientacao-sexual.pdfAcessado em: 17/11/2018.

BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf Acessado em: 17/11/2018.

CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: InVerso, 2015.

LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias das Sexualidades. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O Corpo Educado. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

MALAGUZZI, L. (1999). História, ideia e filosofia básica. In: Carolyn Edwards, Lella Gandini e George Forman. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância, 59-104. Porto Alegre: Artmed.

NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Revista Estudos Feministas, vol. 8, nº 2, Florianópolis, 2000, pp.9-41

SAFFIOTI, Heleieth I. B. O Poder do Macho. São Paulo: Moderna, 1987. (Coleção Polêmica).

SCOTT, Joan. (1991), Gênero: uma categoria útil de análise histórica. (Tradução de Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila). Recife, SOS Corpo. (sd)

SILVA, Cármen A. Duarte da; BARROS, Fernando; HALPERN, Sílvia C.; SILVA, Luciana A. Duarte da. Meninas bem-comportadas, boas alunas; meninos inteligentes, indisciplinados. Cad. Pesqui., São Paulo , n. 107, p. 207-225, July 1999.

Published

2019-05-05

How to Cite

Schmidt Visentini, Íngrid. (2019). Construindo o Gênero na Escola: Ações Visíveis e Invisíveis. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 5(4). https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1268

Issue

Section

IV - Encontro Humanístico Multidisciplinar