Explorando a branquitude nas práticas pedagógicas e curriculares:
uma visão pós-estruturalista
DOI:
https://doi.org/10.23899/262y0h49Palavras-chave:
Currículo; branquitude; práticas pedagógicas; relações étnico-raciais; pós-estruturalismo.Resumo
No presente trabalho propõe-se uma aproximação com o alicerce teórico metodológico dos estudos acerca do conceito de branquitude nas práticas curriculares e pedagógicas. Assim, apresento inicialmente o pós estruturalismo como sendo uma corrente filosófica que propõe romper com as estruturas de poder, linguagem, saberes e conhecimentos que moldam a nossa ótica e a forma de agir e pensar diante do mundo. Posteriormente, trago a perspectiva teórica do conceito de branquitude no currículo à análise e a capacidade do mesmo em pensar práticas diversificadas pedagógicas e curriculares. Trata-se de uma pesquisa com revisão bibliográfica com o auxílio do aparato teórico dos seguintes autores(as): pensamentos de Kabengele Munanga, Maria Aparecida Bento, Jota Mombaça, Lia Vainer Schucman, entre outros. Por conseguinte, constatamos que o currículo se configura como um instrumento de disputa, logo, os estudos acerca dos mesmos mencionados são formas de problematizar sua recorrência no ambiente escolar e os efeitos que sua invisibilização pode causar nas relações étnico-raciais.
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