Femmes noires et processus éducatifs de l'enchevêtrement des dispositifs de racialité et de sexualité au Brésil
DOI :
https://doi.org/10.23899/6gkm8744Mots-clés :
violence, femme noires, racismeRésumé
Cette étude analyse la construction historique de la femme noire en tant que figure subalterne dans le contexte colonial, mettant en évidence les pratiques de violence, telles que le viol systématique, et les dispositifs de pouvoir, comme ceux de la sexualité et de la racialité, qui ont discipliné ses corps et ses subjectivités. Elle explore comment le colonialisme, en déshumanisant et en hypersexualisant la femme noire, a consolidé des hiérarchies de pouvoir, tout en analysant les formes de résistance développées par ces femmes au cours de l'histoire. La recherche met en avant la contribution des intellectuelles noires, comme Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez et Nilma Lino Gomes, à la déconstruction des oppressions intersectionnelles et à la construction d'épistémologies insurgées.
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