Educação, efeito flynn e o QI infantil análise da redução e estagnação cognitiva
DOI:
https://doi.org/10.23899/hta49j64Palavras-chave:
Educação, QI cristalizado, Efeito flynn, Desigualdades educacionais, Metodologias ativasResumo
Este estudo analisa criticamente a relação entre educação e desenvolvimento do QI cristalizado, com foco no impacto da saturação do Efeito Flynn, observada em algumas regiões nas últimas décadas. A metodologia baseou-se em uma revisão bibliográfica sistemática de artigos, livros e relatórios científicos publicados nas últimas décadas, com ênfase em fatores educacionais que influenciam o declínio ou estagnação do QI. Os resultados destacam que, embora a educação formal tenha desempenhado papel central no aumento do QI durante o século XX, evidências recentes apontam para uma desaceleração nos ganhos cognitivos, atribuída a currículos desatualizados, metodologias tradicionais e desigualdades no acesso a recursos educacionais. O estudo propõe estratégias educacionais, como a adoção de currículos interdisciplinares, metodologias ativas e formação docente contínua, para revitalizar o impacto da educação no fortalecimento das habilidades críticas e analíticas. Conclui-se que superar os desafios educacionais contemporâneos é essencial para promover o desenvolvimento cognitivo sustentável e reduzir desigualdades sociais e econômicas.
Referências
BARBER, M.; MOURSHED, M. How the world's best-performing school systems come out on top. McKinsey & Company, 2007.
BEANE, J. A. Curriculum integration: designing the core of democratic education. Teachers College Press, 1997.
BERTOL, G. L.; MOLL, J. Educação para o futuro: contribuições de Faure, Delors e Sahle-Work. Revista Literatura em Debate, v. 19, n. 33, p. 56-68, 2024.
CARR, N. The shallows: what the internet is doing to our brains. W.W. Norton & Company, 2010.
DARLING-HAMMOND, L.; HYLER, M. E.; GARDNER, M. Effective teacher professional development. Learning Policy Institute, 2017.
DELORS, J. et al. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC/UNESCO, 1999.
DEWEY, J. How we think. Heath and Company, 1933.
DUTTON, E.; LYNN, R. A negative Flynn effect in Finland, 1997–2009. Intelligence, v. 41, n. 6, p. 817–820, 2013.
FAURE, E. Aprender a ser. 3. ed. Lisboa: Livraria Bertrand, 1981.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GAY, G. Culturally responsive teaching: theory, research, and practice. Teachers College Press, 2010.
HATTIE, J. Visible learning: a synthesis of over 800 meta-analyses relating to achievement. Routledge, 2009.
HANUSHEK, E. A.; WOESSMANN, L. Schooling, educational achievement, and the Latin American growth puzzle. Journal of Development Economics, v. 99, n. 2, p. 497–512, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jdeveco.2012.06.004. Acesso em: 6 jan. 2025.
HANUSHEK, E. A.; WOESSMANN, L. The role of cognitive skills in economic development. Journal of Economic Literature, v. 46, n. 3, p. 607–668, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1257/jel.46.3.607. Acesso em: 5 jan. 2025.
HECKMAN, J. J. Skill formation and the economics of investing in disadvantaged children. Science, v. 312, n. 5782, p. 1900–1902, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1126/science.1128898. Acesso em: 7 jan. 2025.
KIRSCHNER, P. A.; DE BRUYCKERE, P. The myths of the digital native and the multitasker. Teaching and Teacher Education, v. 67, p. 135–142, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.tate.2017.06.001. Acesso em: 8 jan. 2025.
KOZMA, R. B. National policies that connect ICT-based education reform to economic and social development. Human Technology, v. 1, n. 2, p. 117–156, 2005.
KUHN, T. S. The structure of scientific revolutions. University of Chicago Press, 1996.
LIPMAN, M. Thinking in education. Cambridge University Press, 2003.
MATTHEWS, M. R. Science teaching: the role of history and philosophy of science. Routledge, 1994.
OECD. Equity in education: breaking down barriers to social mobility. OECD Publishing, 2018.
PIETSCHNIG, J.; VORACEK, M. One century of global IQ gains: a formal meta-analysis of the Flynn effect (1909-2013). Perspectives on Psychological Science, v. 10, n. 3, p. 282-306, 2015.
PONGRATZ, M.; BECKER, J.; SMITH, N. One century of global IQ gains: a formal meta-analysis of the Flynn effect (1909–2013). Intelligence, v. 41, n. 4, p. 1-12, 2013.
PRINCE, M. Does active learning work? A review of the research. Journal of Engineering Education, v. 93, n. 3, p. 223–231, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1002/j.2168-9830.2004.tb00809.x. Acesso em: 8 jan. 2025.
RINDERMANN, H.; CECI, S. J. Educational policy and country outcomes in international cognitive competence studies. Perspectives on Psychological Science, v. 13, n. 6, p. 699–726, 2018.
RITCHIE, S. J.; TUCKER-DROB, E. M. How much does education improve intelligence? A meta-analysis. Psychological Science, v. 29, n. 8, p. 1358–1369, 2018.
SELWYN, N. Education and technology: key issues and debates. Bloomsbury Publishing, 2016.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
TRAHAN, L. H.; STUEBING, K. K.; FLETCHER, J. M.; HISCOCK, M. The Flynn effect: a meta-analysis. Psychological Bulletin, v. 140, n. 5, p. 1332–1360, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1037/a0037173. Acesso em: 05 jan. 2025.
TYLER, R. W. Basic principles of curriculum and instruction. University of Chicago Press, 1949.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gladison Luciano Perosini

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores retêm os direitos autorais de suas obras e concedem à RELACult o direito de primeira publicação. Todos os artigos são simultaneamente licenciados sob Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/), permitindo o compartilhamento, distribuição, cópia, adaptação e uso comercial desde que atribuída a autoria original e indicada a primeira publicação nesta revista.
A RELACult disponibiliza todo o seu conteúdo em acesso aberto, ampliando a visibilidade e o impacto dos trabalhos publicados. As informações de contato fornecidas no sistema de submissão são utilizadas exclusivamente para comunicação editorial e não serão compartilhadas para outros fins.