la Le récit-carrefour de Doña Jovita : "l'eau qui ne s'arrête pas, avec de longs bords".
"água que não para, de longas beiradas"
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.2115Résumé
L'article en question conduit à une discussion sur le rôle révolutionnaire des micro-narratifs face à une histoire monumentale et linéaire, dont les histoires des peuples indigènes, comme celle des Pataxó du territoire de Comexatibá, ont été exclues. Pour accomplir cette tâche, le récit de vie de Jovita Maria de Oliveira, ancienne et chamane Pataxó, sera analysé, en abordant les aspects importants des multiplicités présentes dans cette histoire, résultat d'une longue histoire de relations interculturelles nécessaires au processus de survie et de résistance aux projets d'extermination mis en œuvre par divers agents, ou avec le soutien ou la connivence de l'État. Dans le processus d'analyse, la capacité de ce récit à faire cohabiter différentes temporalités, tout en réunissant le passé et le futur dans un présent attentif et actif, sera d'une importance particulière. Il en résulte l'ouverture à penser la relation aux autres et au monde sous d'autres rationalités que celle de l'Occident. Pour cela, Walter Benjamin (2012) ; Joel Candau (2018) ; Michel Foucault (2010) ; Leda Maria Martins (1997) ; Daniel Munduruku (2012), entre autres inspirations, apparaîtront comme des apports théoriques.
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Références
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