Tornar-se escrevivente
grafia da vida e as encruzilhadas em saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.23899/ft3d2k49Palavras-chave:
Literatura, Saúde Mental, Escrita, Psicologia, EpistemologiaResumo
O presente estudo analisa a potência da escrita como tecnologia de subjetivação, a qual pode assumir função de acolhimento, resistência política e reorganização da subjetividade de corpos marcados por um sistema vigente de opressão. Empregando o método da revisão de literatura, por meio de obras de autores que abordam a temática, como Sueli Carneiro, Conceição Evaristo, Audre Lorde e Gilles Deleuze, foi possível fundamentar a discussão da relação da escrita para com a saúde mental, tanto a partir da perspectiva do escritor quanto do leitor. Além disso, analisando a escrevivência como pilar fundamental da presente pesquisa, as discussões levantadas viabilizam, em um campo epistemológico, a humanização possível no processo da produção textual. Assim, com a ideia de potencializar o ser e a saúde mental, indaga-se como a escrita pode se afirmar como ferramenta significativa para a expressão e apropriação discursiva do sujeito, provocando, deste modo, uma ruptura à imposição latente de um esvaziamento causado pelo histórico colonial.
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