Alimentação como um patrimônio:
definição, pesquisa e métodos de abordagem na educação escolar indígena
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.2140Palavras-chave:
Alimentação indígena, Educação, Interculturalidade, PatrimônioResumo
Este artigo analisa a abordagem e a pesquisa sobre a alimentação no âmbito educacional indígena. Para tal, utiliza pesquisa bibliográfica mediada por análise documental. Situa a alimentação enquanto um patrimônio histórico, cultural e imaterial dos povos indígenas, que transcende fatores biológicos e se consolida na conjuntura de representações, saberes e práticas ancestrais. Apresenta o estado do conhecimento da pesquisa em alimentação indígena no Brasil, sob um recorte temporal de dez anos. Reflete sobre a abordagem da alimentação na educação escolar indígena, expressando seus desafios e potencialidades. Consideramos que a alimentação indígena enquanto patrimônio, contempla a historicidade e aspectos sociopolíticos, o que exige a reivindicação de direitos essenciais em meio a um sistema que gera injustiças e desigualdades. Evidenciamos que a produção acadêmica sobre alimentação indígena no Brasil, ainda se apresenta como um cenário incipiente, e escasso quando buscamos estudos com viés educacional. Entendemos que através da proposta intercultural presente na educação escolar indígena, a aprendizagem e o compartilhamento de experiências proporciona a socialização dos saberes alimentares, mas para isso, o engajamento da comunidade local, uma gestão escolar indígena, a formação inicial e continuada para professores indígenas e não indígenas, e sobretudo, o apoio do Estado, são elementos imprescindíveis.
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