O O campo educacional brasileiro – o universo das presenças ausentes: análise crítica do currículo prescritivo e a invisibilização dos sujeitos alunos em seus contextos situacionais.
análise crítica do currículo prescritivo e a invisibilização dos sujeitos alunos em seus contextos situacionais.
DOI:
https://doi.org/10.23899/7f0wjh54Palavras-chave:
Educação; contra-hegemônica; exclusão; desigualdade social; subjetivação.Resumo
Este trabalho aborda reflexões a partir de nossa prática educacional no curso de Pedagogia da UERGS - Cruz Alta/RS, investiga as "presenças ausentes" na educação brasileira, fruto da persistente concepção hegemônica e eurocêntrica, herdada do passado colonial. Essa concepção, materializada em currículos prescritivos, exclui saberes e culturas da rica diversidade do país, perpetuando desigualdades e limitando a construção de uma identidade cultural inclusiva. Problematiza-se a invisibilidade de contextos e práticas sociais no currículo formal e sua relação com a fragilidade na formação de professores. Para compreender esse cenário e buscar transformações, revisitam-se Honneth, Arendt e Foucault. Honneth, com sua teoria do reconhecimento, questiona se a educação brasileira, marcada pela desigualdade, promove o reconhecimento mútuo necessário à formação de cidadãos autônomos. A metodologia inclui análise documental e diálogos com alunos, ressaltando a necessidade de uma abordagem crítica e contextualizada, que promova a inclusão de saberes diversos. Para uma educação de qualidade, defende-se a integração da pluralidade cultural no currículo e uma pedagogia contra-hegemônica, que considere o contexto dos alunos. A fragilidade na formação continuada dificulta a superação da concepção hegemônica, limitando a reflexão crítica sobre o currículo e as relações de poder. Investir na formação continuada, com ênfase no diálogo entre teoria e prática e na autonomia docente, é crucial para construir uma escola mais justa e democrática.
Palavras-chave: Educação; contra-hegemônica; exclusão; desigualdade social; subjetivação.
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