Memória Cultural: uma experiência em comunidades de Minas Gerais/Brasil
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1494Palavras-chave:
Design Social, Projeto Extensionista, Memória Cultural.Resumo
Esta atividade é parte do estudo sobre a memória e cultura dos objetos residenciais no Brasil, que analisa os hábitos e os costumes estabelecidos na relação com objetos de desejo. Investiga-se a história destes objetos nas casas brasileiras e seu contexto social. Relata-se sobre um projeto social que envolve questões relacionadas à memória de objetos de vivências. Este projeto, de ação extensionista, teve o objetivo de oportunizar o fortalecimento das relações de pertencimento junto às comunidades da região da capital mineira, por meio de oficinas de memória. As oficinas (workshops) são instrumentos metodológicos que possibilitam maior espontaneidade e expressividade com o objetivo de refletir e reviver a memória cultural, pelo design social. A metodologia consiste na realização de oficinas e debates com a comunidade por meio do lúdico em espaços inusitados. As oficinas foram executadas em dois grupos: no Palácio da Cultura em Matozinhos/MG e Gráfica O Lutador, em Belo Horizonte/MG tendo como público alvo alunos da comunidade que participavam de cursos de artesanato ofertados por estas instituições. Nas análises das oficinas, percebe-se que muitos objetos foram usados em épocas passadas e até hoje existem com funções muito semelhantes às iniciais. Todos são objetos que marcaram gerações, porém existem até hoje e pouca coisa foi modificada desde seu surgimento. Um objeto para ser memorável ou afetivo não precisa estar associado a valores monetários e sim aos acontecimentos e as sensações que existiu quando o utilizava. As emoções afloram e os vínculos se restabelecem. As memórias trazem o imaginário, o senso coletivo de um tempo vivido no âmbito individual, familiar e também em sociedade. Fortalecem os vínculos com o território e com a cultura local em possíveis intergerações.
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