O papel do debate pós-colonial para a emergência de uma ciência proposta por intelectuais indígenas
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.571Mots-clés :
Pós-colonial, Ciência, IndígenaRésumé
Nesta pesquisa analisamos o papel do debate pós-colonial em sua proposta de refletir, entre outros temas, as bases que respaldaram/respaldam o conhecimento científico para a compreensão dos elementos que fomentaram a consolidação de um paradigma investigativo indígena ou ciência nativa a partir da década de 1980. Discutimos, neste sentido, como a crítica pós-colonial ao protagonizar reflexões conceituais que abriram possibilidades para novas formas de se pensar e fazer ciência contribuiu para uma descolonização do pensamento. Entendemos que este processo visibilizou, por exemplo, novos sujeitos no campo científico que estão construindo ciência a partir dos universos simbólicos de seus respectivos grupos étnicos como os intelectuais indígenas ao trazer para o campo acadêmico novas problemáticas dignas de interesse teóricoRéférences
BONFIL BATALLA, G. El concepto de índio en América: una categoría de la situación colonial. Anales de Antropología, vol. IX., México: Instituto de Investigaciones Antropológicas de la UNAM, 1972, pp. 105-124.
CAJETE, G. Native Science: Natural Laws of Interdependence. Santa Fe, NM: Clear Light Publishers, 2000.
CARVALHO, José Jorge. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, v.7, n.15, p. 107-147, Porto Alegre, jul., 2001.
CASTRO-GÓMEZ, S; GROSFOGUEL, R. El giro decolonial, reflexiones para uma diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre editores, 2007.
CHILISA, B. Indigenous Research Methodologies. Washington D.C: SAGE, 2012.
COSTA, Sergio. Desprovincializando a Sociologia – A contribuição pós-colonial, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 21, n. 60, 2006.
ESPINOSA-MINOSO, Una crítica descolonial a la epistemología feminista crítica. El cotidiano, n. 184, 2014.
LUCIANO, G. Educação para manejo e domesticação do mundo: Entre a escola ideal e a escola real, os dilemas da educação escolar indígena no Alto Rio Negro. Tese de doutorado, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, 2011.
MARCOS, S. Las fronteras interiores: El movimiento de mujeres indígenas y el feminismo en México. In: MARCOS, S.; WALLER, M. (Eds.). Diálogo y diferencia. Retos feministas a la globalización. México: UNAM, 2008.
MIGNOLO, W. Os esplendores e as misérias da “ciência”: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluriversalidade epistêmica. In: SANTOS, B. (Org) Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
PORSANGER, J. An Essay about Indigenous Methodology. Nordlit. Arbeidstidsskrift i litteratur. 8 (1), 2004, p. 105-119.
QUIJANO, A. Colonialidad del poder modernidade racionalidade. Bogotá: Editores Tercer Mundo, 1992.
______. Colonialidad del Poder, Eurocentrismo y América Latina. In. Colonialidad del Saber, Eurocentrismo y Ciencias Sociales. Buenos Aires: CLACSO-UNESCO, 2000.
RAMOS, A. R. Mentes indígenas e ecúmeno antropológico. Série Antropologia, vol. 439, Brasília: DAN/UnB, 2013.
SANTOS, B. S. Descolonizar el saber, reinventar el poder. Uruguay: Ediciones Trilce, 2010.
SPIVAK, G. Pode o subalterno falar?. Minas Gerais: UFMG, 2010.
TODD, Z. Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”: “ontologia” é só outro nome para colonialismo. Disponível em: https://antropologiacritica.wordpress.com/2015/12/22/uma-interpelacao-feminista-indigena-a-virada-ontologica-ontologia-e-so-outro-nome-para-colonialismo/. Acesso em 03 de jan. 2017.
TUHIWAI, L. A descolonizar las metodologías: investigación y pueblos indígenas. Santiago: Lom Ediciones, 2016.
WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-43.
WILSON, S. What is indigenous research Methodology?. Canadian Journal of Native Education, 25 (2), 2001.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.
 
							