O papel do debate pós-colonial para a emergência de uma ciência proposta por intelectuais indígenas

Autores/as

  • Priscila Silva Nascimento DOUTORANDA NO PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO DA UNESP DE ARARAQUARA; PROFESSORA ASSISTENTE I NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
  • Adan Richard Moreira Martins PROFESSOR DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ (IFPA)

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.571

Palabras clave:

Pós-colonial, Ciência, Indígena

Resumen

Nesta pesquisa analisamos o papel do debate pós-colonial em sua proposta de refletir, entre outros temas, as bases que respaldaram/respaldam o conhecimento científico para a compreensão dos elementos que fomentaram a consolidação de um paradigma investigativo indígena ou ciência nativa a partir da década de 1980. Discutimos, neste sentido, como a crítica pós-colonial ao protagonizar reflexões conceituais que abriram possibilidades para novas formas de se pensar e fazer ciência contribuiu para uma descolonização do pensamento. Entendemos que este processo visibilizou, por exemplo, novos sujeitos no campo científico que estão construindo ciência a partir dos universos simbólicos de seus respectivos grupos étnicos como os intelectuais indígenas ao trazer para o campo acadêmico novas problemáticas dignas de interesse teórico

Biografía del autor/a

  • Priscila Silva Nascimento, DOUTORANDA NO PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO DA UNESP DE ARARAQUARA; PROFESSORA ASSISTENTE I NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
    DOUTORANDA NO PROGRAMA DE POS-GRADUAÇAO DA UNESP DE ARARAQUARA; PROFESSORA ASSISTENTE I NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
  • Adan Richard Moreira Martins, PROFESSOR DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ (IFPA)
    PROFESSOR DO INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ (IFPA)

Referencias

BONFIL BATALLA, G. El concepto de índio en América: una categoría de la situación colonial. Anales de Antropología, vol. IX., México: Instituto de Investigaciones Antropológicas de la UNAM, 1972, pp. 105-124.

CAJETE, G. Native Science: Natural Laws of Interdependence. Santa Fe, NM: Clear Light Publishers, 2000.

CARVALHO, José Jorge. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, v.7, n.15, p. 107-147, Porto Alegre, jul., 2001.

CASTRO-GÓMEZ, S; GROSFOGUEL, R. El giro decolonial, reflexiones para uma diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre editores, 2007.

CHILISA, B. Indigenous Research Methodologies. Washington D.C: SAGE, 2012.

COSTA, Sergio. Desprovincializando a Sociologia – A contribuição pós-colonial, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 21, n. 60, 2006.

ESPINOSA-MINOSO, Una crítica descolonial a la epistemología feminista crítica. El cotidiano, n. 184, 2014.

LUCIANO, G. Educação para manejo e domesticação do mundo: Entre a escola ideal e a escola real, os dilemas da educação escolar indígena no Alto Rio Negro. Tese de doutorado, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, 2011.

MARCOS, S. Las fronteras interiores: El movimiento de mujeres indígenas y el feminismo en México. In: MARCOS, S.; WALLER, M. (Eds.). Diálogo y diferencia. Retos feministas a la globalización. México: UNAM, 2008.

MIGNOLO, W. Os esplendores e as misérias da “ciência”: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluriversalidade epistêmica. In: SANTOS, B. (Org) Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

PORSANGER, J. An Essay about Indigenous Methodology. Nordlit. Arbeidstidsskrift i litteratur. 8 (1), 2004, p. 105-119.

QUIJANO, A. Colonialidad del poder modernidade racionalidade. Bogotá: Editores Tercer Mundo, 1992.

______. Colonialidad del Poder, Eurocentrismo y América Latina. In. Colonialidad del Saber, Eurocentrismo y Ciencias Sociales. Buenos Aires: CLACSO-UNESCO, 2000.

RAMOS, A. R. Mentes indígenas e ecúmeno antropológico. Série Antropologia, vol. 439, Brasília: DAN/UnB, 2013.

SANTOS, B. S. Descolonizar el saber, reinventar el poder. Uruguay: Ediciones Trilce, 2010.

SPIVAK, G. Pode o subalterno falar?. Minas Gerais: UFMG, 2010.

TODD, Z. Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”: “ontologia” é só outro nome para colonialismo. Disponível em: https://antropologiacritica.wordpress.com/2015/12/22/uma-interpelacao-feminista-indigena-a-virada-ontologica-ontologia-e-so-outro-nome-para-colonialismo/. Acesso em 03 de jan. 2017.

TUHIWAI, L. A descolonizar las metodologías: investigación y pueblos indígenas. Santiago: Lom Ediciones, 2016.

WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-43.

WILSON, S. What is indigenous research Methodology?. Canadian Journal of Native Education, 25 (2), 2001.

Publicado

2018-02-19

Número

Sección

Artigos - Fluxo Contínuo

Cómo citar

O papel do debate pós-colonial para a emergência de uma ciência proposta por intelectuais indígenas. (2018). RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 3(3). https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.571