Memória e identidade: a musealidade no Museu Gruppelli, Pelotas/RS
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v2i4.270Mots-clés :
Coleção, Lugares de memória, Identidade, Musealidade, Museu Gruppelli.Résumé
O presente artigo tem como referência uma pesquisa empírica que está sendo realizada no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, na Universidade Federal de Pelotas. O estudo busca identificar e analisar a percepção museal do público que visita as exposições do Museu Gruppelli, situado na zona rural de Pelotas, Rio Grande do Sul. Do mesmo modo, problematiza seu potencial de evocar memórias e forjar identidades, além de identificar que possíveis conexões o público cria ao flertar semanticamente com os objetos expostos. Como procedimento metodológico utiliza-se sobretudo a entrevista (presencial) e, igualmente, a observação do pesquisador. O roteiro da entrevista é semiestruturada, por meio de uma conversa com finalidade. Cumpre mencionar que as entrevistas estão sendo aplicadas ao público frequentador do Museu, sejam eles moradores da zona rural ou urbana, durante a visitação. De modo geral, a pesquisa aponta para o fato de que os objetos são responsáveis por ajudarem os entrevistados, pelo prisma da musealidade, a afirmarem identidades e evocarem memórias individuais e/ou coletivas, tanto pelo contato direto ou indireto que tiveram com os mesmos.
Références
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. São Paulo: Editora da Unicamp, 2011.
BERTOTTO, Márica. Sistema museológico – contributo para as políticas públicas. In: GUIMARÃENS, Cêça; RANGEL, Vera; BERTOTTO, Márcia (Org.). Museologia social e cultural. Rio de Janeiro: Rio Book´s, 2015.
BRUNO, Maria Cristina Oliveira. Museus e Pedagogia Museológica: os caminhos para a administração dos indicadores da memória. As várias faces do Patrimônio, por LEPA. Santa Maria: LEPA/UFSM, 2006.
_______. Museologia: algumas ideias para a sua organização disciplinar. Centro de Estudos de sociomuseologia. Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Cadernos de Sociomuseologia, n. 9. 1996.
CANDAU, Joel. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2014.
_______. Conflits de mémoire: pertinence d’une métaphore? In: BONNET, V’Wronique (sous la direction de) Conflits de mémoire. Paris: Éditions Karthala, 2004.
CONNERTON, Paul. Seven types of forgetting. Memory Studies, 2008, p. 1- 59.
CRUZ NETO, Otávio. Trabalho de campo como descoberta e criação. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
CHAGAS, Mario de Souza. Memória e Poder: dois movimentos. Cadernos de Sociomuseologia, n.19, p. 35 –67, 2002.
FERREIRA, Maria Leticia; GASTAUD, Carla; RIBEIRO, Diego Lemos. Memória e emoção patrimonial: Objetos e vozes num museu rural. Museologia e Patrimônio, v. 6, p. 57-74, 2013.
FLEURY, Beatrice; WALTER, Jacques. De los lugares de sofrimiento a su memoria In: FLEUR y Béatrice; WALTER, Jacques (comps) Memorias de la piedra. Ensayos en torno a lugares de detención y masacre. Ed. Ejercitar la memoria, 2011.
HALBWACHS, Maurice. Les cadres sociaux de la mémoire. Paris: Mouton, 1976.
_______. A memória coletiva. Rio de Janeiro, Vertice, 1990.
Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Disponível em: <http://www.museus.gov.br/museu/ >. Acesso em: 20 set. 2014.
JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. España: Siglo Veintiuno editores, 2001.
LATOUR, Bruno. Reagregando o Social: uma introdução à teoria do Ator-rede. Salvador: Edufba, 2012, São Paulo: Edusc, 2012.
LAW, John. Ordering and obduracy. Centre for Science Studies. Lancaster University, 2001. Disponível em: <http://www.lancaster.ac.uk/fass/resources/sociology-online-papers/papers/law-ordering-and-obduracy.pdf> Acesso em: 26 dez. 2015.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1990.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1999.
MENSCH, Peter Van. O objeto de estudo da museologia. Rio de Janeiro: UNI-RlO/UGF,1994.
MERLO, Márcia; RAHME, Anna Maria. A moda e o museu: uma experiência no espaço digital. In: MERLO, Márcia (Org.). Memórias e museus. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2015.
NASCIMENTO JÚNIOR, José do; TOSTES, Vera Lúcia Bottrel. A democratização da memória: a função social dos museus ibero – americanos. In: CHAGAS, Mário de Souza; BEZERRA, Rafael Zamorano; BENCHETRIT, Sarah Fassa. (Org). A democratização da memória: a função social dos museus ibero – americanos. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2008, p. 7-8.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP, n. 10, p. 7-28, 1993.
POULOT, Dominique. Museu e Museologia. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2013.
POMIAN, Krzysztof. Coleção. In: VV. AA. Enciclopédia Einaudi 1: Memória-História. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1997. p. 51-86.
RIBEIRO, Diego Lemos. A musealização da Arqueologia: um estudo dos museus de arqueologia do Xingó e do sambaqui de Joinville. 2012, p. 376. Tese. (Doutorado em Arqueologia) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-21052013-110733/pt-br.php> Acesso em: 20 abr. 2015.
RICOEUR, Paul. A Memória, a História e o Esquecimento. Campinas : Edunicamp, 2007.
SCHEINER, Tereza. Museologia e pesquisa: perspectivas na atualidade. In: Museu de Astronomia e Ciências Afins (Brasil). MAST Colloquia – Museu: Instituição de Pesquisa. Rio de Janeiro, 2005, p. 85 -100.
SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; LIMA FILHO, Manuel Ferreira. Por uma antropologia do objeto documental: entre a “alma nas coisas” e a coisificação do objeto. Revista; Horizonte Antropológico, Porto Alegre, ano 11, n. 23, p. 37-50, jan/jun 2005.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.