(Im)possibilidades para uma epistemologia literária
o problema do cognitivismo estético
DOI :
https://doi.org/10.23899/g2t0ve92Mots-clés :
LiteraturaRésumé
Depuis longtemps, il est commun dans les études littéraires de considérer que la littérature, à travers ses représentations fictives, offre non seulement des expériences variées par le contact avec l'art, mais aussi une valeur cognitive significative. Ainsi, il est fréquent de recommander la lecture de classiques pour leur potentiel formateur pour la psyché humaine. Cela se reflète, par exemple, dans la politique brésilienne de réduction de peine par l'étude en milieu carcéral, qui repose sur l’idée de réinsérer l’individu dans la société par le biais du littéraire. Ce travail vise à offrir une brève exploration des débats sur le savoir à travers la littérature, dans le cadre de l’esthétique analytique, discipline philosophique du XVIIIe siècle. À partir d'une approche qualitative, il examine des concepts clés issus des théories cognitivistes, notamment chez Peter Lamarque, John Gibson et Gordon Graham. L’analyse prend aussi en compte les défis conceptuels liés à la tradition analytique de Frege, en particulier sa publication Sens et Référence. L’objectif est d’explorer comment la littérature permet au lecteur d’acquérir des perspectives nouvelles pour comprendre soi-même et le monde. Enfin, le texte met en lumière une voie alternative de progrès épistémique, distincte des méthodes scientifiques, et souligne l'importance de poursuivre ce questionnement par un dialogue interdisciplinaire, afin de valoriser la présence active du lecteur.
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