(Im)possibilidades para uma epistemologia literária
o problema do cognitivismo estético
DOI:
https://doi.org/10.23899/g2t0ve92Palabras clave:
EstéticaResumen
Desde hace mucho tiempo, es un lugar común en los estudios literarios la idea de que la literatura, a través de sus representaciones ficticias, ofrece no solo experiencias distintas mediante el contacto con el arte, sino también un tipo significativo de valor cognitivo. Por ello, no es raro encontrar recomendaciones de la lectura de clásicos debido a su potencial valor formativo para la psique humana. Es el caso, por ejemplo, de la política brasileña de remisión de pena por el estudio en el sistema penitenciario, fundamentada en la premisa de reintegrar al individuo en la sociedad a través de lo literario. En este contexto, el presente trabajo tiene como objetivo ofrecer una breve incursión en las discusiones sobre la cuestión del conocimiento a través de la literatura, en el marco de la estética analítica, disciplina filosófica iniciada en el siglo XVIII. Con un enfoque cualitativo, se articulan preguntas y conceptos clave en la construcción de las teorías cognitivistas, a partir de la lectura de autores como Peter Lamarque, John Gibson y Gordon Graham. También se consideran, para el análisis, los desafíos conceptuales propuestos por la tradición analítica heredada de Frege, a partir de la publicación de El Sentido y La Denotación. Se espera, con ello, investigar los sentidos mediante los cuales se puede decir que la literatura ofrece al lector perspectivas distintas para comprenderse a sí mismo y la realidad circundante. Al final del artículo, se evidencia una forma alternativa de avance epistémico que no comparte los métodos investigativos comunes a las ciencias. Se constata, además, la necesidad de continuar investigando la cuestión mediante el diálogo interdisciplinario, para poner en evidencia, también, la presencia activa del lector.
Referencias
BLOOM, H. O Cânone Ocidental: Os Livros e a Escola do Tempo. São Paulo: Objetiva, 1994.
CALVINO, I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
CANDIDO, A. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
CARROL, N. Art, narrative and moral understanding. In: LEVINSON, J. (org.). Aesthetics and Ethics: Essays at the Intersection. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. p. 126-160.
COHEN, T. Metaphor, Feeling, and Narrative. In: JOHN, E.; LOPES, D. (Org.). Philosophy of Literature: Contemporary and Classic Readings. Oxford: Blackwell, 2004. p. 233-244.
COLLINS, J. The doctor looks at literature: psychological studies of life and letters. New York: G.H. Doran, 1923.
DOSTOIÉVSKI, F. Memórias do subsolo. 1. ed. São Paulo: Penguin-Companhia, 2021.
FREGE, G. Sobre o sentido e a referência. Rev. de Pesquisa em Filosofia, [S.l], v. 1, n. 3, p. 21-44, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufop.br/fundamento/article/view/2271%23_ftn1. Acesso em: 10 fev. 2024.
GABRIEL, G. Sobre o Significado na Literatura e o Valor Cognitivo da Ficção. O que nos faz pensar, [S.l], v. 5, n. 7, p. 63-73, mai. 1993. Disponível em: https://oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/oqnfp/article/view/65. Acesso em: 03 fev. 2024.
GIBSON, J. Cognitivism and the Arts. Philosophy Compass, [S.l], v. 4, n. 3, p. 1-17, 2008. Disponível em: https://philpapers.org/archive/GIBCAT-2. Acesso em: 25 jan. 2024.
GIBSON, J. Literature and knowledge. In: ELDRIDGE, R. Philosophy and Literature. New York: Oxford University Press, 2009. p. 480-498.
GOMIDE, B. B. Dostoiévski sob a lente psicopatológica: antropologia criminal e literatura russa no Brasil. Caderno de Literatura e Cultura Russa, [S.l], v. 2 , p. 119-137, 2008. Disponível em: https://atelie.com.br/produto/caderno-literatura-cultura-russa-dostoievski/. Acesso em: 10 fev. 2024.
GRAHAM, G. Art and understanding. In: GRAHAM, G. Philosophy of the arts: an introduction to aesthetics. New York: Routledge, 2005. p. 52-65.
HOMERO. A Ilíada. São Paulo: Penguin-Companhia, 2013.
KIERNIEW, J; FRÖHLICH, C. B.; MÜGGE, E. A leitura lenta em tempos de aceleração da vida: reflexões para o espaço educativo a partir da literatura. In: BIANCHESSI, C. (Org.). Estudos e pesquisas em educação: saberes e práticas. Curitiba: Editora Bagai, 2023. p. 19-30.
KIVY, P. On the Banality of Literary Truths. Philosophic Exchange, [S.l], v. 28, n. 1, p. 17-27, 1998. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/233573912.pdf. Acesso em: 05 jan. 2024.
LAMARQUE, P. Learning from literature. Dalhousie Review, [S.l], v. 77, p. 7-21, 1997. Disponível em: https://dalspace.library.dal.ca/handle/10222/63249. Acesso em: 12 dez. 2023.
LAVRIN, J. Dostoevsky and His Creation: A Psycho-critical study. Londres: W. Collins Sons & CO., 1920.
LODGE, D. The Practice of Writing. Harmondsworth: Penguin Books, 1997.
LÖWY, M. Walter Benjamin: Aviso de incêndio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de História”. São Paulo: Boitempo, 2005.
MARCONDES, D. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez Editora e Livraria LTDA, 2012.
NUSSBAUM, M. Love's Knowledge: Essays on Philosophy and Literature. New York: Oxford University Press, 1990.
PLATÃO. Crátilo (ou Da Correção dos Nomes). In: PLATÃO. Diálogos VI: Crátilo (ou da correção dos nomes). Cármides (ou da moderação). Laques (ou da coragem). Ion (ou da Ilíada). Menexeno (ou oração fúnebre). São Paulo: 2010. p. 35-138.
SHAKESPEARE, W. A tragédia de Macbeth. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2016.
SHAKESPEARE, W. Como gostais. In: SHAKESPEARE, W. Teatro completo. São Paulo: Nova Aguilar, 2008. p. 349-387.
SHAKESPEARE, W. Romeu e Julieta. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
SIDNEY, P. The Defense of Poesie. London: Ponsonby, 1968.
WALTON, K. Mimesis as Make-Believe. London: Harvard University Press, 1990.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Ernani Mügge, Leandro Moreto da Rosa

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.