Argentina em fins do século XIX e início do século XX: o campo intelectual na revista Criminalogia Moderna e sua relação com o projeto positivista
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v2i02.234Mots-clés :
cultura, políticas culturais, intelectualidadeRésumé
Este artigo propõe-se a discutir o início da criminologia na Argentina de finais do século XIX e início do século XX, para compreender de que modo ela foi articulada durante o processo de consolidação do Estado-nação. Para atingir esse intento, faz-se uma reflexão do projeto de Estado desdobrado na perspectiva criminológica que está alicerçada no positivismo jurídico do período. O país foi vanguarda no interesse pela criminologia na medida em que alguns intelectuais-juristas publicaram inúmeros artigos sobre os estudos do crime no primeiro periódico de criminologia da Argentina, a revista Criminalogia Moderna, fundada, em 1898, e dirigida pelo professor, advogado e intelectual italiano, Pietro Gori. A partir de uma análise bibliográfica, vislumbra-se a influência de uma perspectiva sociológica europeia na criminologia argentina. O exame de alguns artigos publicados na revista indica como a criminologia fecundada na Europa fundamenta a intelectualidade bonaerense. Alguns autores vincularam a criminologia aos fenômenos sociais de uma nação cada vez mais industrializada, proletarizada, politizada e urbanizada.
Références
ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina. II. Los juristas como intelectuales y el nacimiento de los estados naciones en América Latina. Buenos Aires: Katz, 2010.
BOURDIEU, Pierre. “Campo intelectual e projeto criador”. In: POUILLON, J. et. al. (orgs.). Problemas do estruturalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1968. pp. 105-145.
CHATTERJEE, Partha. “Nacion y Nacionalismo”. La nación en tiempo heterogéneo. Lima: EEP, 2007. p. 60.
CODES, Rosa María Martínez de. “El positivismo argentino: una mentalidad en tránsito en la Argentina del Centenario”. Quinto centenario, n. 14, Editora Universidad Complutense: Madrid, 1988.
CRIMINALOGIA MODERNA, “Guerra al delito”, “Crónica Judicial: el proceso Etchegaray” e “Pro Scientia”, Buenos Aires, 1, 1898.
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a Organização da Cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do Poder, eurocentrismo e América Latina”. Red de bibliotecas virtuales de ciencias sociales de América Latina y el Caribe, de la red de cientros miembros de CLASCO. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/lander/pt/Quijan.rtf>. Acesso em 10 de ago. de 2015.
SCHWARCZ, Lilian Mortiz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SURIANO, Juan. Anarquistas: cultura y política libertaria en Buenos Aires – 1890-1910. Buenos Aires: Ediciones Manantial SRL, 2001.
WILLIAMS, Raymond. Cultura. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
ZARAGOZA, Gonzalo. Anarquismo Argentino (1876 – 1902). Madrid: Ediciones de la Torre, 1996.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.