Appropriation culturelle, colonialité et mobilités à l'Anthropocène

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.23899/relacult.v8i1.2236

Mots-clés :

Anthropocène, appropriation culturelle, colonialité, urgence climatique, mobilités

Résumé

Depuis l'expansion humaine sur Terre, les échanges et les interférences des différents peuples ont constitué la base d'aspects infinis de la culture. Le concept d'appropriation culturelle présuppose des disputes symboliques, de l'identité, des comparaisons mais aussi des formes de domination fondées sur la modernité et ses effets aujourd'hui, la colonialité. L'article entend insister sur le concept d'appropriation culturelle comme déstabilisation des modes de vie, utilisant comme argument les mobilités, notamment automobile, en dialogue avec l'Anthropocène et l'urgence climatique. Dans un rapide tour d'horizon des faits qui concernent cette discussion, le texte se concentre ensuite sur l'évolution des modes de transport à Salvador au cours des siècles. Ce changement visait, in fine, l'insertion d'aspects culturels eurocentrés au détriment d'autres pratiques sociales liées aux modes de déplacement qui constituaient ce territoire avant l'arrivée du colonisateur.

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Biographie de l'auteur

Marcelo de Trói, NuCuS/UFBA

Doutor e Mestre em Cultura e Sociedade pelo Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos da Universidade Federal da Bahia. É membro do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades - NUCUS (Cult/IHAC), onde coordena a linha de investigação Corpos, Cidades e Territorialidades Dissidentes. E-mail: troimarcelo@gmail.com

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Publiée

2022-04-15

Comment citer

Trói, M. de. (2022). Appropriation culturelle, colonialité et mobilités à l’Anthropocène. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 8(1). https://doi.org/10.23899/relacult.v8i1.2236

Numéro

Rubrique

Artigos - Fluxo Contínuo