Educação e prática decolonial
uma ferramenta político-pedagógica
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i2.2128Mots-clés :
Pedagogia Decolonial, Educação Histórica, EducaçãoRésumé
Este trabalho pretende pensar e coadunar uma prática educativa emancipatória com a Educação Histórica e com o pensamento decolonial, com auxílio da pedagogia freiriana. Sendo assim, intenta-se objetivar novos rumos curriculares, pedagógicos e didáticos por meio da revisão bibliográfica. Nesse sentido, atentando-se às insurgências existentes, desde os movimentos sociais ou de grupos que buscam ocupar espaços, nota-se que a problemática é trazer sujeitos subalternizados aos espaços hegemônicos possibilitando a transformação social, o que perpassa o âmbito acadêmico e escolar. Pensar no currículo enquanto construção social envolta e construída por perspectivas dos grupos hegemônicos, permite pensá-lo como projeto de poder e domínio, apresentando sujeitos que fazem parte da pesquisa, não sendo apenas objeto das mesmas, possibilitando ampliar a margem de acesso aos espaços historicamente excludentes e hegemônicos. Portanto, é nessa perspectiva que se pretende vislumbrar o parâmetro da desobediência epistêmica, desconstruindo saberes e pensando a partir da colonialidade do poder, do saber e do ser, tendo em mente uma genealogia que é pluriversal, e não universal, como a “racionalidade” eurocêntrica pretendera e fingira ser. Em suma, trata-se de se engajar na desconstrução paralelamente a uma construção curricular que inclua e pense de forma “multiperspectivada”. Isto posto, evidencia-se que o universalismo ocidental, proposto como única solução para os desafios, mostra-se excludente; a perspectiva aqui exposta resiste à busca de formas holísticas de explicação social.
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