O NEABI e a educação para as relações étnico-raciais
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i4.1983Mots-clés :
educação, educação, cultura, cultura, política, políticaRésumé
Este artigo foi apresentado ao Congresso Internacional Online de Estudos sobre Cultura 2020 com o intuito de promover uma discussão acerca de como o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), sob a ótica do reconhecimento social, pode ser observado como instância de resistência para a educação para as relações étnico-raciais. Entende-se que a discussão sobre a educação não pode se dar sem uma análise crítica das condições sob as quais se desenvolveram os mecanismos educacionais, tendo em conta um contexto, sobretudo cultural, em que a educação de “qualidade” sempre fora reservada a uma elite dominante e utilizada como instrumento de mantença dos privilégios que engendram e perpetuam a injustiça social no Brasil. Por isso, a relevância em se observar a atuação do NEABI/IFNMG enquanto instância de luta por reconhecimento social.
Références
ARENDT, Hannah. [1958]. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
________________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2011.
________________. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
BELLONI, Isaura; MAGALHÃES, Heitor de; SOUSA, Luzia Costa de. Metodologia de avaliação em políticas públicas: uma experiência em educação profissional. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007. 96 p. (Coleção Questões da Nossa Época, v. 75).
BRASIL. Lei nº. 11.892, de 29/12/2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Brasília - DF, 30 dez. 2008.
_______. Ministério da Educação. Histórico da Educação Profissional. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/centenario/historico_educacao_profissional.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2009.
_______. Ministério da Educação. Secretária de Educação Profissional e Tecnológica. Concepções e Diretrizes – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Brasília – DF, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/ifets_livreto.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2008a.
COHN, Gabriel. Weber, Frankfurt: teoria e pensamento social. 1 ed. Rio de Janeiro: Azougue, 2016.
CORREIA, Adriano. A questão social em Hannah Arendt: apontamentos críticos. Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 20, n. 26, p.101-112, jan./jun. 2008.
COURTINE-DENAMY, SYLVIE. O cuidado com o mundo: diálogo entre Hannah Arendt e alguns de seus contemporâneos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
EVARISTO, Conceição. Tempo de nos aquilombar. Disponível em: https://www.xapuri.info/cultura/tempo-de-nos-aquilombar/ . Acesso em: 15 jul. 2020.
FONSECA, Marcus Vinicius. Educação e controle em relação à população negra de Minas Gerais no século XIX. FONSECA, Marcus Vinicius et al. Relações étnico-raciais e educação no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011. Pp. 61-91
GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial: por um projeto educativo emancipatório. FONSECA, Marcus Vinicius et al. Relações étnico-raciais e educação no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011. Pp. 39-59.
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. Pensar a educação, pensar o racismo no Brasil. FONSECA, Marcus Vinicius et al. Relações étnico-raciais e educação no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011. Pp. 93-143
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº CNE/CP 003, de 10 de março de 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação Antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal 10.639/03. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
MORETTI, Gianna Alessandra Sanchez. Igualdade como Diversidade no Direito à Educação: erradicando a discriminação étnico-racial no sistema de ensino brasileiro. 2017. Tese (Doutorado em Direito) – Centro de Direito, Estado e Constituição, Universidade de Brasília. Brasília, 2017, p.177.
NASCIMENTO, ABDIAS DO. Quando um herói nacional é negro: Abdias do Nascimento e a História que não aprendemos. 2019. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quando-um-heroi-nacional-e-negro-abdias-do-nascimento-e-a-historia-que-nao-aprendemos/. Acesso em: 29 jun. 2020.
PIROMALLI, Eleonora. Teoria crítica e psicanálise: um processo de aprendizado de Adorno, através de Habermas, até Honneth. Desigualdade e reconhecimento: atualidade da teoria crítica de Axel Honneth. Antônio Dimas Cardoso (org.).Montes Claros: Unimontes, 2018.
PRANDI, Reginaldo. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
SILVA, Caetana Juracy Resende da (org.). Institutos Federais lei 11.892, de 29/11/2008: comentários e reflexões. Natal: IFRN, 2009. 70 p.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. FONSECA, Marcus Vinicius et al. Relações étnico-raciais e educação no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011. Pp 11 – 37.
VANZULLI, Marco. Exposição crítica da teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Desigualdade e reconhecimento: atualidade da teoria crítica de Axel Honneth. Antônio Dimas Cardoso (org.).Montes Claros: Unimontes, 2018.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Valesca Rodrigues de Souza, Luci Helena Silva Martins 2021

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.