QUALIFICANDO OS PROCESSOS DE LEITURA E ESCRITA DOS ALUNOS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ARROIO GRANDE
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i5.1878Mots-clés :
Leitura, formação do leitor, livrosRésumé
O projeto de intervenção teve como objetivo: Despertar nos alunos, do 8º ano do Ensino Fundamental II, o gosto pela leitura e pela escrita, nas disciplinas de Produção Textual e Português. Sobre isso, Silva (1991) indica que a leitura simboliza uma ação para que se possa produzir o saber, isso permite a percepção e a apreensão sobre as analogias que existem.
De acordo com Martins (1994), o aprendizado serve para produzir a ampliação de horizontes para o leitor, de maneira que ele possa compreender seu mundo e institua reações que possam gerar transformações. Consequentemente, a leitura e conhecimento são considerados por Martins (1994) processos interventivos de progressos para suas vidas. No que lhe diz respeito, a coletividade procurar informação através da leitura envolve localizar um embasamento sustentável para o desenvolvimento social.
Bakhtin (2002) também destaca a seriedade da leitura indissociada do social. Portanto, o intercâmbio verbal entre pessoas, possibilitada por meio da utilização da língua pelo falante e concebe o princípio criador da linguagem e apresenta modo dialógico.
Portanto, a leitura e a escrita são práticas que se arrolam e se completam, os educandos são ledores em formação, esses processos deverão estar vinculados aos métodos de leitura que são ampliadas na escola. Dessa forma, a leitura e a escrita abrangem metodologias indissociáveis na prática discursiva, em que ler é um procedimento de cultivo de conhecimentos, a relevância de observar a leitura como prática social.
Optei por essa temática, porque vivencio essa problemática em sala de aula, onde os estudantes demonstram pouca afinidade com a leitura e escrita, e uma enorme lacuna para produzirem textos com coerência e coesão.
Relato que algumas das dificuldades dos processos de Produção Textual encontrados por mim em minha prática como docente das Áreas de Linguagens são as que envolvem o vocabulário empobrecido, carregado de gírias que os estudantes apresentam em suas produções, como o pouco domínio da língua culta, evidenciam as dificuldades de expressar suas ideias no papel, pois os alunos consideram o aspecto quantitativo ao invés do qualitativo para elaborarem suas escritas.
Por ser professora de Português e Produção Textual, percebo com mais intensidade a aversão dos alunos por qualquer atividade que abranja o ato de ler, pois os discentes, em sua grande maioria, apresentam textos precários e uma grande desmotivação em relação à leitura e a escrita, dessa maneira penso que haja necessidade de se trabalhar diferentes formas de aproximar os alunos de atividades que promovam a leitura e escrita dentro da sala de aula.
Através dessa intervenção organizei ações que despertem o interesse dos alunos por essa temática, através de rodas de conversas com pessoas da comunidade que já possuem uma vasta trajetória nesse assunto, em que enfatizam em suas produções a preocupação em apresentar o livro para formar mais leitores.
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