A educação fora do espaço prisional: um olhar dos professores do curso popular Cultura da Paz
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1330Mots-clés :
professores, cultura da paz, pessoas presas, educação.Résumé
O aumento da população presidiária no Brasil é alarmante, em números totais o país ocupa a terceira colocação com maior população presidiária. Além disso, a conjuntura precária e deficiente que o sistema prisional brasileiro apresenta, como superlotação, que unida à estrutura precária das instalações e a falta de profissionais no espaço prisional, dificultam a ressocialização dos indivíduos. Em meio a este cenário, emerge o curso popular pré-universitário Cultura da Paz. O curso é vinculado a um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Este trabalho visa investigar as percepções dos educadores que atuaram nos anos de 2016 e 2017 no curso Educacional Cultura da Paz. Para tanto, realizamos um questionário com três perguntas: 1) Como foi sua experiência enquanto Educador do contexto Cultura da Paz?; 2) Descreva alguma experiência, momento e/ou atividade, junto aos estudantes, que lhe marcou; 3) Por que você escolheu dar aula no contexto Cultura da Paz?. Cinco professores responderam ao questionário. Objetivamos tencionar as discussões no que concerne à educação escolar no sistema prisional e o quanto pode ser produtiva estas ações para a construção de uma sociedade mais igualitária. Informamos que o questionário foi aplicado no segundo semestre de 2018 e, posteriormente analisado de acordo com cada questão. Podemos concluir que os educadores têm preocupação, dedicação e compreensão de que a educação é uma possibilidade de crescimento pessoal, e social das pessoas que estão cumprindo pena prisional. Dessa forma, as aulas do curso Cultura da Paz proporcionou um amadurecimento como ser humano e como profissional para os educadores. As trocas entre educadores e estudantes foram intensas demonstrando o quão positivo foi o envolvimento desses com as atividades propostas. E por fim, os momentos em coletivo proporcionaram um espaço para o diálogo e para que expusessem sua bagagem pessoal sobre os temas trabalhados.
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