Construindo o Gênero na Escola: Ações Visíveis e Invisíveis
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1268Mots-clés :
Ciências Humanas, Ciências Sociais, CulturaRésumé
O presente estudo busca analisar os papéis de gênero no ambiente escolar, observando a construção de gênero em uma dicotomia entre feminino e masculino e de que forma isso se dá a partir das ações das crianças e do professor/professora com a respectiva influência ou não de fatores tanto internos quanto externos ao ambiente escolar. Observa-se que meninos e meninas são dissociados conforme seus gêneros. As crianças apreendem e reproduzem que há uma separação entre os gêneros feminino e masculino e esse aprendizado é construído a partir de questões aparentemente simples, tais como: o banheiro o qual devem frequentar, as roupas as quais devem usar, as cores designadas como adequadas e os tipos de brinquedos que devem brincar. Na educação infantil, essa distinção também está presente e acontece desde o formar a fila dos meninos e a fila das meninas. Além dessas ações visíveis bem direcionadas, as próprias crianças, em momentos nos quais não há a imposição de papéis de gênero, tendem a reproduzir a dicotomia do masculino e do feminino como quem adota e adere ao papel social que lhe é atribuído. Tendo em vista esta perspectiva de estrutura e agência na qual se conjugam ações visíveis e invisíveis, buscamos analisar a vigorosa lógica dicotômica que “compartimenta” meninas e meninos no contexto da vida escolar.
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