O GRUPO THE MANIFEST: (RE)INVENTANDO O HIP HOP
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1206Mots-clés :
Cultura. Hip Hop. Diversidade. Discurso. Cuidado de si. Governo de si.Résumé
Nessa pesquisa é feito um estudo das identidades produzidas pelos discursos dos jovens que integram o grupo de Hip Hop The Manifest da cidade de Bagé (RS), cidade que ainda tem forte interferência de uma cultura cristã e do campo, que valoriza o esforço e as tradições. O Hip Hop tem como uma de suas características históricas os movimentos sociais de jovens negros e pobres que moravam nos guetos das cidades norte-americanas. Com a globalização o Hip Hop se espalhou pelo mundo e sofreu mudanças. Neste estudo buscou-se entender como se constituem as identidades desses sujeitos e seus discursos acerca do Hip Hop. Com base nas teorias foucaultianas e nos Estudos Culturais, foram analisados os regimes de verdade e governamentos presentes, se persistem práticas discriminatórias e excludentes em relação aos grupos que, originalmente, não se ajustavam aos padrões estabelecidos ou se esses grupos são absorvidos pelas novas configurações sociais e culturais criadas com a globalização. Na análise levou-se em conta as práticas discursivas e não discursivas, as regularidades e descontinuidades encontradas nas falas de cada jovem entrevistado. Os discursos dos sujeitos entrevistados indicaram descontinuidades quanto a compreensão das novas tecnologias como fator de visibilidade do Hip Hop. As continuidades aparecem quanto a necessidade de manter certas tradições do movimento e na valorização da dança como arte que permite aos sujeitos transgredirem os discursos preconceituos
Références
AMARAL, Márcio. Jovens de periferia e arte de construir a si mesmo: experiência de amizade, dança e morte. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Porto Alegre, 2015.
BAUMANN, Zigmund. Globalização: As consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.
CORAZZA, Sandra Mara. A educação do séc.XXI: desafio da diferença pura. Ariús, Revista Brasileira de Ciências Humana e Artes, v. 15, n. 01, jan./jun. 2009, p. 9 -16.
FISCHER, Rosa. Foucault revoluciona a pesquisa em educação? Perspectiva, Florianópolis, v. 21, n. 02, p. 371-389, jul./dez. 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/download/9717/8984. Acesso em: 24 de abril de 2017.
FOUCAULT, Michel. A ordem da discurso. 3º ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, v. 16 n. 47, maio/ago. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf. Acesso em: 18 de maio de 2017.
HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções do nosso tempo. Educação & Realidade. Porto Alegre: UFRGS/FACED, v.22, n.2, jul/dez, 1997, p. 15-46.
MELUCCI, Alberto. Juventude, tempo e movimentos sociais. In: FÁVERO, O.; et al. Juventude e Contemporaneidade. Coleção Educação para todos. Brasília: UNESCO, MEC, ANPED, 2007, p. 29-46.
MIRANDA, Jorge Hilton de A. Relação de mercado e trabalho social no Hip Hop. Caderno do CEAS, n. 223, jul./set. 2006, p. 47-58. Disponível em: https://cadernosdoceas.ucsal.br/index.php/cadernosdoceas/article/view/165. Acesso em: 24 de novembro de 2016.
SANTOS, Núbia Oliveira dos. Hip Hop como manifestação cultural: protagonismo juvenil em Rio Verde – Goiás. Dissertação (Mestrado). Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-Graduação em História, Goiânia, 2012.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. da; HALL, Stuart; WOODWARD, K. (orgs). Identidade e diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais. 7ª edição. Rio de Janeiro, Vozes, 2014, p. 73-102.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.