Do ser Pomerano nos Tempos Atuais
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1136Mots-clés :
Cultura Pomerana, Homogeneização, Práticas Educativas, Salvaguarda.Résumé
O Brasil é multicultural. Processos homogeneizadores tentam de longo prazo, padronizar os modos de vida, invisibilizam diferenças e negam especificidades de diferentes grupos sociais. A lógica da homogeneização naturaliza a idéia da igualdade. Esse modo de compreender a realidade brasileira escamoteia e silencia os grupos minoritários. O povo pomerano é um povo camponês. Sua relação com a terra e o território tem modos próprios de ser vivenciada. A realidade distinta configura a condição de ser um dos segmentos dos Povos e Comunidades Tradicionais. Ao longo dos tempos, desde a proposição padronizadora da modernidade á atual conjuntura, os modos de vida desses grupos sofrem ameaças de homogeinização cultural por parte do Estado. O presente trabalho pretende abordar as relações de silenciamento e negação cultural produzidas pelas práticas opressivo-padronizadoras vividas pelos pomeranos. Em nossa compreensão há uma relação direta entre o papel padronizador- homogeneizador do Estado e os casos de negação identitária. O processo de auto-reconhecimento cultural, linguístico e de valorização das tradições dos Povos se coloca como um ato de emancipação cultural e uma forma de enfrentamento das políticas padronizantes da modernidade. O direito a diferença, a permanência no espaço, a manutenção das tradições, ao uso da língua materna nos espaços oficiais e a auto-definição são direitos indeléveis.
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