Exército, Nação e Saúde: A medicina militar brasileira como elemento de criação de fronteira nacionais
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.523Palabras clave:
Exército, fronteira, medicina militar, saúde.Resumen
Pretendemos a partir deste texto investigar e analisar, a atuação do médico e higienista do exército brasileiro Arthur Lobo da Silva, como produtor do conhecimento cientifico da área da saúde desta instituição, entre os anos de 1920 a 1940. Do mesmo modo, será preciso entender de que maneira a medicina militar se constituiu como um elemento criador de fronteira no início do século XX. A participação de Arthur Lobo da Silva nestes campos foi materializada em diversas publicações como jornais, periódicos, entre outros. Tais obras servirão de componente básico para analise deste trabalho. Destaca-se que as ideias do autor sobre higiene, saúde, e o papel do exército nos permitirão compreender a sua representação de nação, fronteira e região e o que este autor acredita ser o papel do Estado brasileiro no período. Ao expor tais opiniões e posicionamentos Arthur Lobo da Silva ira se inserir no debate com outros intelectuais brasileiros, a respeito dos problemas sanitários do país o que inviabilizava no período a criação de uma “nação”, “fronteira” e de um “povo brasileiro”, a inserção destes militares nesta discussão legitimou o papel do Exército como uma das soluções sociais para estes problemas. Para fazer tal analise, além de utilizar algumas publicações de Arthur Lobo da Silva, em periódicos militares e civis, os livros A luta contra as moléstias venéreas no Exército brasileiro (1929), O serviço de saúde do Exército brasileiro (1958), Antropologia no Exército brasileiro (1929), também serão utilizados para mapear a sua trajetória intelectual.
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