A Escola Indígena Wakõmēkwa e seus processos de ensino e aprendizagem na perspectiva da Interculturalidade: Um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1480Palabras clave:
Cultura. Escola indígena. Interculturalidade. Povo Xerente.Resumen
Esse trabalho apresenta reflexões de uma pesquisa em andamento referentes às experiências de campo das atividades do Curso de Doutorado em Artes que são realizadas na Escola Indígena Wakõmēkwa, da Aldeia Riozinho Kakumhu, localizada no estado do Tocantins, Brasil. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, fundamentada na perspectiva etnográfica, com utilização de procedimentos metodológicos da observação participante. Os autores que sustentam as discussões teóricas e metodológicas perpassam pelos estudos de Bourdieu (1989), Fleuri (2003), Henriques et al. (2007), além dos documentos oficiais que regulamentam a Educação Escolar Indígena. Como resultados preliminares da pesquisa in loco, percebeu-se a manutenção do currículo oficial da educação do estado e a prevalência do uso de material didático em língua portuguesa. Para a comunidade, a escola tem o papel de pertencimento e de aproximação à cultura Xerente. Para eles, a aprendizagem é contínua e diária na aldeia. Ela, como uma “fruta”, como consta registrado na fala dos professores, pode espalhar sementes entre os povos indígenas a partir do conhecimento de mundo. Sendo assim, as reflexões realizadas, até o momento, nos permitem concluir que é preciso compreender melhor as práticas pedagógicas, os dispositivos simbólicos e os movimentos identitários presentes na escola Wakõmẽkwa para que a democratização do ensino indígena seja realmente algo significativo para o grupo no seu processo de formação, em busca de uma educação emancipadora e intercultural.
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