Os Huni Kuin entre o regime do seringal e o regime tutelar
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.638Palabras clave:
Acre, Agência Indígena, Huni Kuin.Resumen
Desde fins do século XIX as populações indígenas do Acre foram tratadas como empecilho na extração da borracha, ou “ouro negro” como ficou conhecida. Os exploradores visando expulsar para longe os indígenas de seus próprios territórios e tornar estas terras colocações de seringais, organizavam expedições punitivas chamadas correrias, que consistia na matança de indígenas, com a captura de mulheres e crianças. As populações que sobreviveram a este morticínio permaneceram nos seringais como trabalhadores de um sistema que não apenas explorava a sua mão de obra, como também censurava toda forma de expressão cultural. Assim os indígenas atravessaram dois regimes o seringal, e o regime de tutela das políticas indigenistas, inicialmente como Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e depois como Fundação Nacional do Índio (Funai). Na perspectiva do pensamento decolonial este trabalho procura evidenciar a agência indígena na superação da tutela no seringal e nas negociações políticas com a Funai que os Huni Kuin utilizaram para conquistar seu território. As fontes utilizadas são arquivos do Serviço Nacional de Informação (SNI) que pertencem ao projeto Memórias Reveladas.
Referencias
BALESTRIN, Luciana. América Latina e o giro descolonial. In: Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio - agosto de 2013, pp. 89-117.
BRAUDEL, Fernand. História e Ciências Sociais: a longa duração. In: Escritos sobre a História. São Paulo: Perspectiva, 1978.
DUSSEL, Henrique. Oito Ensaios Sobre Cultura Latino Americana e Libertação: Cultura
Imperial, Cultura ilustrada e libertação da Cultura Popular. São Paulo, Paulinas. 1997.
IGLESIA, Marcelo Manuel Piedrafita. Os Kaxinawás de Felizardo: correrias, trabalho e
civilização no Alto Juruá. Brasília: Paralelo: 2010.
KAXINAWÁ, Joaquim Paulo Maná, et al. Índios no Acre: História e organização. 2ª ed. Rio Branco: Comissão Pró-Índio do Acre, 2002.
MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina, Ediciones del signo, 2010.
OLIVEIRA, João Pacheco. O nascimento do Brasil e outros ensaios: pacificação, regime
tutelar e formação de alteridades. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER,
Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores conservan los derechos de autor de sus obras y conceden a RELACult el derecho de primera publicación. Todos los artículos están simultáneamente licenciados bajo Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), lo que permite el intercambio, distribución, copia, adaptación y uso comercial, siempre que se otorgue el crédito correspondiente a la autoría original y se indique la primera publicación en esta revista.
RELACult pone todo su contenido a disposición en acceso abierto, ampliando la visibilidad y el impacto de los trabajos publicados. La información de contacto proporcionada en el sistema de envío se utiliza exclusivamente para la comunicación editorial y no será compartida para otros fines.