DONDE QUIEREN SILENCIO Y MUERTE, PLANTAMOS VOCES Y LUCHAS

DISPOSITIVOS DE RACIALIDAD Y NECROPOLÍTICA

Autores/as

  • Richard Silva dos Santos Universidade Federal Fluminense
  • Maria Julia Macedo de Castro Universidade Federal Fluminense
  • Gabriel da Silveira Furtado Universidade Federal Fluminense
  • Waldenilson Teixeira Ramos Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.23899/ck6bqh88

Palabras clave:

Racisme; Dispositif; Narratif; Pouvoir

Resumen

Este artículo presenta una reflexión crítica sobre los dispositivos de racialidad y la necropolítica, investigando cómo el racismo estructura los modos de ser y vivir, delimitando cuáles cuerpos pueden existir plenamente y cuáles son marcados para el borramiento. La discusión se basa en la articulación entre el biopoder foucaultiano y la necropolítica de Achille Mbembe, evidenciando cómo la violencia racial no se limita al exterminio físico, sino que también se extiende al imaginario social y al intento de silenciar la experiencia negra. La investigación fue elaborada a partir de vivencias atravesadas por el contexto brasileño y sustentada en referencias bibliográficas que abordan las dinámicas del poder y sus efectos en la construcción de subjetividades racializadas. Al analizar los mecanismos que sostienen la violencia contra los cuerpos negros, el estudio no solo denuncia las estructuras racistas, sino que también señala la narración como un espacio de insurgencia y continuidad de la vida negra. Más allá de sobrevivir a la dicotomía entre el bien blanco y el mal negro, el texto reivindica la centralidad de la narratividad en la resistencia negra, comprendiendo el acto de narrar como un gesto político que rompe con los dispositivos de muerte y afirma el poder del vivir. Si la blanquitud ha producido históricamente dispositivos para capturar y limitar la existencia negra, este artículo propone la narración como grieta, movimiento y continuidad, asegurando que las historias sean contadas no solo desde el sufrimiento, sino desde la plenitud del ser.

Referencias

ALMA PRETA. “Literatura é a minha maneira de não adoecer”, diz Conceição Evaristo na série Leituras Brasileiras. São Paulo: Alma Preta, 10 de fev. 2020. Disponível em: https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/literatura-e-a-minha-maneira-de-nao-adoecer-diz-conceicao-evaristo-na-serie-leituras-brasileiras/. Acesso em: 09 mar. 2025.

ARAÚJO, D. F. M. DA S. DE; SANTOS, W. C. DA S. Raça como elemento central da política de morte no Brasil: visitando os ensinamentos de Roberto Esposito e Achille Mbembe. Revista Direito e Práxis, v. 10, n. 4, p. 3024–3055, out. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2179-8966/2019/45695. Acesso em: 17 mar. 2025.

ARENDT. H. Sobre a violência. 3. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

BENJAMIN, W. O Narrador: Considerações Sobre a Obra de Nikolai Leskov. In:

Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Ed. Brasiliense, 2012.

BENTO, C. O pacto da branquitude. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BIA FERREIRA. Não Precisa Ser Amélia. YouTube, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=psxSY400Pn8. Acesso em: 09 mar. 2025.

BRASÍLIA; Ministério da Saúde. Óbitos por suicídio entre adolescentes e jovens negros 2012 a 2016. 1. ed. Brasília, 2018.

CARDOSO, R. Quase 90% dos mortos por policiais em 2023 eram pessoas negras, diz estudo. Agência Brasil, 07 nov. 2024. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-11/quase-90-dos-mortos-por-policiais-em-2023-eram-negros-diz-estudo>. Acesso em: 17 mar. 2025.

CARNEIRO, S. Dispositivo de racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2023.

DIAS, P. E. Governo Tarcísio encerra operação no litoral de SP que deixou 28 mortos. Jornal Folha - OUL (online). Disponível em: <https://x.gd/oBoH6>. Último acesso em 18 mar. 2025.

EVARISTO, C. Olhos d’água. 1. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2021.

FARIAS, E. Pesquisadora explica conceito de branquitude como privilégio estrutural. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2019. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/pesquisadora-explica-conceito-de-branquitude-como-privilegio-estrutural. Acesso em: 12 mar. 2025.

FARIAS, J. Caso João Pedro: Justiça do Rio absolve PMs acusados pela morte do adolescente. São Paulo: CNN Brasil, 10 jul. de 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/caso-joao-pedro-justica-do-rio-absolve-pms-acusados-pela-morte-do-adolescente/. Acesso em: 09 mar. 2025.

FERRARI, M. O que é necropolítica e como se aplica à segurança pública no Brasil. Ponte Jornalismo, 25 set. 2019. Disponível em: https://x.gd/Xqtds. Acesso em: 17 mar. 2025.

FIGUEIREDO, P. Índice de suicídio entre jovens e adolescentes negros cresce e é 45% maior do que entre brancos. ed. 1. São Paulo: G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/05/21/indice-de-suicidio-entre-jovens-e-adolescentes-negros-cresce-e-e-45percent-maior-do-que-entre-brancos.ghtml. Acesso em: 01 dez. 2024.

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

FREITA, N. RIBEIRO, A. Governo de SP encerra Operação Escudo após 28 mortes em pouco mais de um mês. Jornal O Globo (online), 2023. Disponível em: https://x.gd/1JD3L. Último acesso em 18 mar. 2025.

G1. Entregador sofre ofensas racistas em condomínio de Valinhos; VÍDEO. São Paulo: G1, 2019, 07 ago. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/08/07/entregador-registra-boletim-de-ocorrencia-apos-sofrer-ofensas-racistas-em-condominio-de-valinhos-video.ghtml. Último acesso em: 09 mar. 2025.

IEPS. Homens negros morrem 4 vezes mais do que brancos em vias públicas por disparos de arma de fogo, revela Boletim Çarê-IEPS. Rio de Janeiro: IEPS - Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, 27 mai. 2024. Disponível em: https://ieps.org.br/homens-negros-morrem-4-vezes-mais-do-que-brancos-em-vias-publicas-por-disparos-de-arma-de-fogo-revela-boletim-care-ieps/. Acesso em: 09 mar. 2025.

MBEMBE, A. Necropolítica. 1. ed. São Paulo: Editora N-1, 2018.

MOLICA, F; RESENDE, L; GHIROTTO, E; GONÇALVES, E. E depois veio o silêncio. Veja, 12 abr. 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/e-depois-veio-o-silencio/. Acesso em: 20 mar. 2025.

MORAES, M. “Genealogia - Michel Foucault”. In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia, 2018. Disponível em: http://ea.fflch.usp.br/conceito/genealogia-michel-foucault. Acesso em: 05 dez. 2024.

MOURA, I; SILVA, I. R. Relatório Dhesca: Missão letalidade policial e impacto nas infâncias negras na Bahia e no Rio de Janeiro. Brasil de fato, 2024. Disponível em: https://x.gd/543Rk. Acesso em: 18 mar. 2025.

SILVA, A; MORAIS, R. As teorias da soberania: Uma análise a partir de Foucault. Revista Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI. ed. 1. Itajaí, v.12, n.1, 1º quadrimestre de 2017. ISSN: 1980-7791. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39693/2/As%20teorias%20da%20soberania%20....pdf

VEJA. Bolsonaro é acusado de racismo por frase em palestra na Hebraica. São Paulo: Veja, 06 abr. 2017. Seção: Política. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/bolsonaro-e-acusado-de-racismo-por-frase-em-palestra-na-hebraica. Acesso em: 09 mar. 2025.

Publicado

2025-07-06

Número

Sección

Dossiê - III Decolonialidade, feminino e negritude

Cómo citar

DONDE QUIEREN SILENCIO Y MUERTE, PLANTAMOS VOCES Y LUCHAS: DISPOSITIVOS DE RACIALIDAD Y NECROPOLÍTICA. (2025). RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 11(1). https://doi.org/10.23899/ck6bqh88