Mestiçagem linguística e cultural
a formação do “falar brasileiro”
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v8i3.2333Palavras-chave:
Portugal, África, Brasil, Cultura, Linguística, Mestiçagem linguística e culturalResumo
No presente trabalho objetiva-se apresentar o cruzamento entre expressões de origem africana e a língua portuguesa que culminou em um falar brasileiro, em um português do Brasil, estabelecido como uma de suas identidades culturais. Com o propósito de alcançar tal finalidade, expuseram-se conceitos em Linguística, especificamente selecionados com o assunto que se pretende explorar; e, em seguida, consideraram-se ideias sobre identidade cultural e exemplos dos cruzamentos linguísticos que ocorreram e que, em consequência, deram origem à herança linguística e identitária do Brasil. Utilizou-se, a fim de atingir o objetivo proposto, pesquisa documental e bibliográfica e análise de conteúdo para refletir sobre a mestiçagem linguística e cultural e as características únicas do falar brasileiro. Por fim, constatou-se que a relação entre as línguas de matriz africana e o português peninsular representaram/representam contributos fundamentais à formação da identidade brasileira.
Métricas
Referências
AAVV. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. “boçal” [em linha], 2008 - 2021, https://dicionario.priberam.org/bo%C3%A7al. Acesso em: 19 agosto 2022.
AMADO, J. Capitães de Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ANDRADE, M. C. Formação Territorial e Econômica do Brasil. Recife: Massangana, 2007.
ANTUNES, C. Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil (1595). Revista História Ciências Saúde Manguinhos, out. 2013. Disponível em: https://www.bbm.usp.br/en/Selection-BBM-digital/arte-de-gram%C3%A1tica-da-l%C3%ADngua-mais-usada-na-costa-do-brasil-1595/. Acesso em: 13 jul. 2022.
ARAÚJO, D. G. Linguística como ciência. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/59571/linguistica-como-ciencia. Acesso em: 13 jul. 2022.
ARAÚJO, J. G. “As Cabaças do Akpalô”. (cordel) Editora Luzeiro Lda., 2014.
ARAÚJO, L. K. Fonética e Fonologia. Disponível em: https://www.portugues.com.br/gramatica/fonetica-fonologia.html. Acesso em: 13 jul. 2022.
ARRABAL, A. K. Existe Diferença entre Definição e Conceito? Disponível em: http://www.praticadapesquisa.com.br/2013/02/existe-diferenca-entre-definicao-e.html. Acesso em: 13 jul. 2022.
BARRETO, E. R. L. Etnolinguística: pressupostos e tarefas. Revista Partes, jul. 2010. Disponível em: https://www.partes.com.br/2010/07/02/etnolinguistica-pressupostos-e-tarefas/. Acesso em: 13 jul. 2022.
CALUNDU – Grupo de Estudos sobre Religiões Afro-Brasileiras. Disponível em: https://calundu.org/. Acesso em: 16 jul. 2022.
CAMELO, P. Dicionário do falar pernambucano. Olinda: Babecco, 2018.
CASTRO, Y. P. A. Influência das Línguas Africanas no Português Brasileiro. Secretaria Municipal de Educação – Prefeitura da Cidade do Salvador (Org.). Pasta de textos da professora e do professor, n. 07, p. 1-12, 2005. Disponível em: http://educacao.salvador.ba.gov.br/pasta-de-textos-do-professor-e-da-professora-para-o-ensino-de-historia-da-africa-e-cultura-afro-brasileira/. Acesso em: 18 jul. 2022.
CASTRO, Y. P. Das Línguas Africanas ao Português Brasileiro. Afro-Ásia, n. 14, p. 81-106, 1983. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/3667/1/12121212.pdf. Acesso em: 13 jul 2022.
CASTRO, Y. P. Marcas de Africania no Português Brasileiro. Africanias.com, n. 1, p. 1-7, 2011. Disponível em: https://docplayer.com.br/35973637-Marcas-de-africania-no-portugues-brasileiro.html. Acesso em: 13 jul 2022.
CASTRO, Y. P. Yeda Pessoa de Castro: depoimento. Brasil: DNA África, 07min37seg até 08min40seg, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tGYAsOSVheU. Acesso em: 13 jul 2022.
FERNANDES, B. O poeta, o louco e a criança: companheiros de brincriação e enquadramentos táticos de sobrevivência. Revista Digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, v. 11, n. 01, p. 45-54, jan-mar 2018. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/download/28540/16970/ Acesso em: 18 jul. 2022.
FERREIRA, A. B. H. Mini Aurélio: O Dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2010.
FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.
GOMES, L. Escravidão: Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019.
HALL, S. (2002). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 2006.
JORGE, G. Da Criatividade Linguística à Tradução: uma Abordagem das Unidades Polilexicais em Mia Couto. 2014. 455 p. Tese (Doutoramento) - Universidade de Lisboa, Lisboa, 2014.
MOREIRA, R. A Formação Espacial Brasileira: contribuição crítica aos fundamentos espaciais da geografia do Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2014.
NOVAIS, F. A. Condições da Privacidade na Colônia. In: NOVAIS, F. A; SOUZA, L. M. (Org.). História da Vida Privada no Brasil 1: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia de Bolso, 2018. p. 12-31.
PACHECO, S. M. Do Mundo para o Brasil: Os Caminhos do Livro Didático de Geografia e seus Precursores. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
REGO, J. L. Meus Verdes Anos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.
REGO, J. L. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1995.
RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2013.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. A Bailarina da Morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
TEIXEIRA, D.; MORENO, M. Pernambuco é Cultura Popular. Recife: Oficina Davi Cordel, 2016.
VILLALTA, L. C. O que se fala e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: NOVAIS, F. A; SOUZA, L. M. (Org.). História da Vida Privada no Brasil 1: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia de Bolso, 2018. p. 258-303.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Orquídea Moreira Ribeiro, Soênia Maria Pacheco, José Barbosa Machado
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.