Dois países, três Estados: a experiência dos palestinos nas fronteiras do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v1i02.63Palavras-chave:
Brasil, Cidades Gêmeas, Fronteiras, Palestinos, UruguaiResumo
As fronteiras brasileiras vêm sendo observadas com mais atenção por pesquisadores das ciências sociais e, especialmente, pelas políticas de segurança pública brasileiras. Esse interesse é recente e inédito, ainda sabe-se pouco sobre os cerca de dezessete mil quilômetros que separam e aproximam o Brasil dos seus países vizinhos. Entretanto, muitos conceitos vêm sendo discutidos no intuito de tornar a temática das fronteiras menos “romântica” e mais acadêmica, ao menos em tese. Como por exemplo o de Cidades-gêmeas, de Zona de Fronteira etc. Nesse contexto, a região sul do país, a que faz fronteira com a República Oriental do Uruguai e com a Argentina, torna-se um espaço frutífero para análises empíricas, tendo em vista que é a que possui mais municípios conurbados, cento e noventa e sete só no estado do Rio Grande do Sul. Dessa forma, o presente estudo visa compreender um pouco das dinâmicas urbanas dessas cidades-gêmeas, analisando alguns processos de socialização como é o caso dos Palestinos, especialmente na fronteira de Sant’Ana do Livramento (BR) e Rivera (ROU), utilizando-se dos conceitos de Pórtico e de Cidade para pensar esses espaços que não são nem brasileiros nem uruguaios.
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