Práticas socioambientais na produção sustentável da Associação das Mulheres Extrativistas Sementes Araguari (Amapá)
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v9i2.2389Palavras-chave:
Desenvolvimento Sustentável, Produção Sustentável, Rio Araguari, Amapá, Mulheres ExtrativistasResumo
Este artigo discorre sobre os objetivos do desenvolvimento sustentável em consonância com a prática da produção sustentável das mulheres extrativistas do rio Araguari. Elas são conhecidas como sementeiras do Araguari e produzem biocosméticos a partir da andiroba, copaíba, pracaxi e de outras sementes que são coletadas na Floresta Nacional do Amapá (FLONA) que também é uma Floresta Estadual (FLOTA). Esse território está localizado no estado do Amapá. Os biocosméticos produzidos são pomadas, velas e sabonetes que geram renda para cerca de 80 mulheres extrativistas e suas famílias. Antes, as mulheres e suas famílias tinham como a única alternativa de renda o trabalho ilegal em um garimpo que foi fechado em 2007. Os objetivos deste artigo é discutir como as mulheres extrativistas conseguem por meio da produção sustentável atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e analisar as práticas socioambientais realizadas por essas mulheres. O método utilizado é a pesquisa qualitativa com a abordagem exploratória. Os resultados apontam que há uma preocupação das famílias que são lideradas por essas mulheres extrativistas em garantir uma melhoria de qualidade de vida com o proveito dos recursos naturais por meio da produção sustentável que gera fonte de renda ao mesmo tempo que cuida da floresta e todos os seres que habitam nela.
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