A Educação Escolar Indígena no Brasil
da perspectiva civilizatória à emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v9i1.1977Palavras-chave:
Educação Escolar Indígena, Cultura, ConhecimentoResumo
A presente pesquisa se refere a um estudo realizado por meio de revisão bibliográfica e análise documental, em que se buscou descrever o processo pelo qual a Educação Escolar Indígena passou até chegar ao cenário em que se encontra. Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar a evolução da Educação Escolar Indígena no Brasil, desde os aspectos civilizatórios aos emancipatórios. Neste caso, deixa-se claro que a historicidade da Educação Escolar Indígena no Brasil, desde os primórdios da colonização, dinamiza-se entre dilemas e desafios. Isto porque a chegada dos europeus desencadeou uma série de transformações, cujas consequências foram extremamente negativas para esses povos, os quais, embora nativos da terra e detentores de significativos conhecimentos e culturas, foram forçados a se adequarem aos costumes dos colonizadores europeus. Desse modo, pode-se perceber que a educação escolar em aldeias indígenas esteve marcada por princípios assimilacionistas e integracionistas ao sistema nacional de educação, e foi um longo processo de conquistas legais.
Métricas
Referências
ALMEIDA, Rita Heloísa de. Diretório que se deve observar nas Povoações dos Índios do Pará e Maranhão, enquanto Sua Majestade não mandar o contrário. O Diretório dos Índios: um projeto de" civilização" no Brasil do século XVIII, 1997.
AZEVEDO, Fernando. A cultura brasileira. 6. Ed. Brasília: UnB; Rio de Janeiro: UFRJ, 1996, p. 561: As origens das instituições escolares.
BRASIL, Congresso Nacional. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Ministério da Educação. 1988.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases. Brasília: Congresso Nacional, dezembro, 1996.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC; SEF, 1998
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília. Secretaria de
Educação Fundamental: MEC/SEF, 1998
¬¬¬¬¬¬¬BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília. Secretaria de
Educação Fundamental: MEC/SEF, 1999
BRASIL. Câmara dos Deputados. O legislativo e a sociedade construindo juntos o novo Plano Nacional de Educação. Brasília, DF: Câmara dos Deputados; Coordenação de Publicações, 2009. 238p.
BRASIL, Terras Indígenas. Caminhando para não parar a história: a resistência do povo Myky no Mato Grosso. Disponível em: https://cimi.org.br/. Acesso em: 15 jul. 2019.
BURATTO, Lucia Gouvêa. A educação escolar indígena na legislação e os indígenas com necessidades educacionais especiais. Universidade Estadual de Londrina, 2007.
CARVALHO, Laerte Ramos de. As reformas pombalinas da instrução pública. São Paulo: Saraiva/EDUSP, 1978.
COHN, Clarice. Educação escolar indígena: para uma discussão de cultura, criança e cidadania ativa. Perspectiva, v. 23, n. 2, p. 485-515, 2005.
FERREIRA, Mariana Kawal Leal. et al. A educação escolar indígena: um diagnóstico crítico da situação no Brasil. Antropologia, história e educação: a questão indígena e a escola, v. 2, p. 71-111, 2001.
FREIRE, João Victor de Farias Furtado. Da assimilaçao à conquista do direito à diferença: educação escolar indígena no Brasil, 2013.
LUCIANO, Gersem José dos Santos. Educação para manejo e domesticação do mundo: entre a escola ideal e a escola real: os dilemas da educação escolar indígena no Alto Rio Negro. Tese de Doutorado. Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
MACIEL, Lizete Shizue Bomura; NETO, Alexandre Shigunov. A educação brasileira no período pombalino: uma análise histórica das reformas pombalinas do ensino. Educação e Pesquisa, v. 32, n. 3, p. 465-476, 2006.
MEDEIROS, Juliana Schneider. História da Educação Escolar Indígena no Brasil: Alguns Apontamentos, 2018.
PAIVA, José Maria de. Transmitindo cultura: a catequização dos índios do Brasil, 1549-1600. José Maria de Paiva. Revista Diálogo Educacional - v. 1 - n.2 - p.1-170. Disponível em:https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/3469/3385. Acesso em: 20 jul. 2019.
RIBEIRO, Darcy (Org.). Suma etnológica brasileira. São Paulo: Vozes: FINEP, 1987. v.1: Etnobiologia. p.135-148.
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2007.
SANCHES, Maria Izabel et al. Representações sociais da diversidade étnico-racial em um colégio estadual do município de Pinhais-PR. 2017
SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luís Donizete Benzi. A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
SILVA, Adailton Alves da. Saberes matemáticos do povo A’uwẽ/Xavante. Cadernos de Educação Escolar Indigena, p. 47, 2013.
SILVA, Gleidson; AMORIM, Simone Silveira. Apontamentos sobre a educação no Brasil Colonial (1549-1759). Interações (Campo Grande), v. 18, n. 4, p. 185-196, 2017.
SILVEIRA, Mayra et al. O Infanticídio indígena: uma análise à luz da Doutrina da Proteção Integral. Dissertação de Mestrado- Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós- Graduação em Direito, Florianópolis, 2011.
VIEGAS, Daniel Pinheiro et al. A tradicionalidade da ocupação indígena e a constituição de 1988: a territorialização como instituto jurídico-constitucional. Manaus: Universidade do Estado de Amazonas, 2015.
WACHOWICZ. Ruy Christovam. História do Paraná. Curitiba, PR: Ed. Gráfica Vicentina Ltda, 1988.
ZOTTI, Solange Aparecida. Sociedade, Educação e Currículo no Brasil Colônia. In: Sociedade, Educação e Currículo: dos Jesuítas aos anos de 1980. Campinas, SP: Autores Associados; Brasília, DF: Editora Plano, 2004. p. 13-32.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Millaany Felisberta Souza, Cláudia Landin Negreiros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.