Cultura Material, Organização e História Guarani Nhandeva em Dourados, Mato Grosso do Sul (Brasil): Artes, Artefatos e Cosmologia
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i1.1643Mots-clés :
, História, Etnografia, Cosmologia, Cultura material, Guarani Nhandeva.Résumé
O presente artigo traz indagações acerca da Aldeia Jaguapirú e Aldeia Bororó- ambas localizadas no município de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste do Brasil). A investigação foi desenvolvida no Mestrado em Antropologia da Universidade Federal da Grande Dourados entre os anos de 2017, 2018 e 2019. Dessa forma, perpassamos por questões que envolvem arqueologia, história, organização social, política, econômica até adentrar nas produções de artes, artefatos e objetos sagrados e ritualísticos Guarani Nhandeva. Portanto, o nosso objetivo é realizar uma análise, descrição e posterior interpretação das múltiplas nuances, conceitos ou categorias que envolvem esse coletivo acerca da relação que há entre cultura material e sua cosmovisão, que na atualidade contemporânea encontram-se numa situação extremamente emblemática, sobretudo a envolver o Yvy (terra).
Références
ALMEIDA, Rubem Ferreira Thomaz de. O caso Guarani: o que dizem os vivos sobre os que se matam? In: RICARDO, Carlos Alberto (Ed.). Povos Indígenas no Brasil: 1991/1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996. p. 725-8.
ALMEIDA, Rubens Ferreira Thomaz de. Do Desenvolvimento Comunitário à Mobilização Política. O projeto Kaiowa-Ñandeva como experiência antropológica. Rio de Janeiro: Contra Capa. 2001 226 p.
BANIWA, G. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: MEC/UNESCO. 2006.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>.
CAMPBELL, Alan T., 1995. Getting to Know Wai Wai. London: Routledge.
CHIARA, V. Armas: bases para uma classificação. In: RIBEIRO, D. (ed.). Suma Etnológica Brasileira, v. 2. Petrópolis: 1987. p. 117-137.
COQUET, Michèle. Chapitre 7- L'anthropologie de l'art, Martine Segalen éd., Ethnologie. Concepts et aires culturelles. Armand Colin, 2001, pp. 140-154.
DAMATTA, Roberto. Um Mundo Dividido. Petrópolis, Vozes, 1976.
ECO, U. ([1973]1988). Signo. Barcelona: Labor.
ELIADE, Mircea. 1998-O Xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase, Trad. Beatriz PerroneMoisés e Ivone C. Benedetti, Martins Fontes, São Paulo [1951]
GADELHA, Regina Maria A. F. (Ed.). Missões Guarani: impacto na sociedade contemporânea. São Paulo: Educ, 1999. 391 p. (Edições Comemorativas)
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1989.
GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, Vozes, 2000.
JAKOBSON, Roman. “Aspectos lingüísticos da tradução”. In Lingüística e comunicação. São Paulo, Cultrix, pp. 63-72, [1959] 2008.
KASHIMOTO, E. M; MARTINS, G. R. A problemática arqueológica da tradição cerâmica tupi-guarani em Mato Grosso do Sul. In: PROUS, A; LIMA, T. A (eds.). Os Ceramistas Tupiguarani. Belo Horizonte: Sigma, 2008. p. 149-178.
LANGDON, E. J. M. (Org.). Xamanismo no Brasil: novas perspectivas. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996.
MACHADO, A. M. Exá raú mboguatá guassú mohekauka yvy marãe‟y: de sonhos ao Oguatá Guassú em busca da (s) terra (s) isenta (a) de mal. 2015. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Belém.
MAUSS, Marcel (2003), Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify
MÉTRAUX, A. Armas. In: RIBEIRO, D. (ed.). Suma Etnológica Brasileira, v. 2. Petrópolis: Vozes, 1987. p. 139-161.
MEYER, Luiza Gabriela Oliveira. Rumo à (des)colonização? o direito de consulta e os seus (ab)usos na Reserva Indígena de Dourados (RID). Dissertação (Mestrado em Antropologia Sociocultural) – Universidade Federal da Grande Dourados. – Dourados, MS: UFGD, 2014.
MONTARDO, D. L. O. Sons e Espacialidade, os Caminhos nos Cantos e Danças Guarani. ILHA - REVISTA DE ANTROPOLOGIA, v. 20, p. 145-162, 2018.
MONTEIRO. Maria Elizabeth Brêa. Levantamentos históricos sobre os índios Guarani Kaiwá. Rio de Janeiro, RJ: Museu do índio/FUNAI, 2003.
MURA, Fábio. À procura do “bom viver”. Território, tradição de conhecimento e ecologia doméstica entre os Kaiowá. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional. Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Rio de Janeiro, 2006.
PASCHOALICK, L. C. A. A Arte dos Indios Kaiowá da Reserva Indígenas de Dourados- MS: transformações e permanências, uma expressão de identidade e afirmação étnica. 1. ed. Dourados: UFGD, 2008. 112 p.
PEIRANO, MARIZA. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos (UFRGS. Impresso), v. 20, p. 377-391, 2014.
PEIRCE, Charles Sanders. Estudos coligidos. Tradução: A. M. D'Oliveira. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
PEREIRA, Levi Marques. Imagens Kaiowá do Sistema Social e seu entorno. Tese de Doutorado Programa de Pós-Graduação em Antropologia Sociail da Universidade de São Paulo – USP. São Paulo,2004.
RIBEIRO, D. Suma Etnológica Brasileira. Atualizada do Handbook of South American Indians. Tecnologia Indígena. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
RIBEIRO, B. G. Dicionário do Artesanato Indígena. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
SANTOS, Gabriela Barbosa Lima e. Saúde indígena: práticas de cura na tradição de conhecimento entre os Kaiowá e Guarani em situação de acampamento no cone sul de Mato Grosso do Sul. – Dourados, MS: UFGD, 2016.
SCHMITZ, Pedro Ignácio. El Guaraní en Rio Grande do Sul: la colonización del Monte y los frentes de expansión. Estudos Leopoldenses, São Leopoldo, v. 18, n. 64, p.185-206, 1982.
SEEGER, A. Novos horizontes na classificação dos instrumentos musicais. In: RIBEIRO, B. (ed.). Suma Etnológica Brasileira, v. 3. Petrópolis: Vozes, 1987. p. 173- 179.
SCHADEN, Egon. Aspectos fundamentais da cultura guarani. São Paulo: EDU/EDUSP. 1974.
SEVERI, Carlo. “Transmutating Beings: A Proposal for an Anthropology of Thought”. Hau 4 (2): 41-71, 2014.
SUSNIK, Branislava. Los aborigenes del Paraguay. V. 2: Etnohistoria de los Guaranies. Assunção: Museo Etnográfico “Andres Barbeiro”, 1982.
VIVEIROS DE CASTRO, E. Os Pronomes Cosmológicos e o Perspectivismo Ameríndio. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, p. 115-144, out. 1996.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.