FESTIVAL DE PARINTINS – A EPOPEIA CABOCLA E A SEMIOSE LINGUÍSTICA E CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1555Palavras-chave:
boi bumbá, cultura amazônica, cultura indígena, semiótica, arte.Resumo
Estamos acostumados a valorizar a arte contida em telas e esculturas tudo o que mais aprendemos dentro dos padrões tradicionais. A obra só pode ser vista a partir de sua inserção como agente da história, portanto, uma história especial que, por sua vez, opera num campo específico e tem metodologias próprias, mas que, ao final, enquadra-se na história geral da cultura, explicando como será a cultura elaborada e construída pela arte. No contexto da cultura artística contemporânea, temos o Festival de Parintins. No meio da imensidão da floresta e dos rios da Amazônia, acontece um espetáculo a céu aberto, onde os Bois Garantido e Caprichoso enfrentam-se para o deleite de cerca de 80 mil turistas. Tal como em um teatro, assistimos a uma epopeia cabocla numa grande semiose linguística e cultural, mítica e histórica. Personagens e elementos imaginários como fontes de ligação e origem através do mito que nada mais é do que a encenação poética da linguagem. En esta investigación, buscamos compreender a importância da cultura do boi-bumbá para a região amazônica e como esta cultura se (re)constrói simbolicamente. Como metodologia, utilizamos a pesquisa qualitativa com abordagem descritiva. Como resultados, identificam-se simbolicamente sujeitos e histórias comuns a outras que se revelam memórias de temas correlatos à cultura indígena, cabocla e religiosidade, narrativas simbólicas, transmitidas de geração a geração.
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