“Amutuy, soledad”: um estudo das estratégias identitárias na canção de Marcel Berbel
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i2.924Mots-clés :
tempo grande, discurso identitário, (pós)modernidade (líquida), mitos fundacionais.Résumé
O objetivo deste texto é analisar o discurso identitário da canção “Amutuy, soledad”, letra de Marcel Berbel, que constitui uma forte relação com o folclore argentino. A canção é seccionada em três elementos que compõe o gênero discursivo: forma, estilo e tema. O último é o objeto de estudos aqui, sob o qual se incidirá a análise amparada metodologicamente no paradigma indiciário (Ginzburg, 1989). A discussão teórica avança para além das fronteiras da linguística, portanto, além de teóricos da linguagem (Voloshinov / Bakhtin, 1976; Bakhtin, 1997; Bakhtin 2011), trabalhamos com estudiosos da cultura (Hall, 2011), da sociologia (Bauman, 2005; Canclini, 2008) e da história (Duarte e Gonzalez, 2012). Os resultados apontam para os mitos fundacionais do povo latinoamericano, relacionando três tempos cíclicos: o primeiro é o tempo da conquista/invasão da América Latina, o segundo, tempo da “Campanha do deserto” e por fim, o tempo presente, das comemorações dos 500 anos da chegada dos europeus. As considerações finais estabelecem uma analogia entre as relações líquidas que vivemos hoje em dia e as questões da identidade x alteridade.
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