Medicalização no ambiente escolar
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i1.854Mots-clés :
cultura, políticas culturais, Ciências HumanasRésumé
O cenário do ensino aprendizagem revela diferentes problemas para os quais as causas e soluções, igualmente são diversas. Dentre eles destaca-se a atribuição de soluções médicas para o seu enfrentamento. Objetivou-se problematizar as origens teóricas e históricas da medicalização no ambiente escolar. Trata-se de revisão narrativa da literatura das áreas de saúde e educação. Como resultado a medicina padronizou o comportamento dos indivíduos e para aqueles que fogem do padrão estabelecido como normal, resulta na medicalização, discurso que a escola rendeu-se disciplinarizando os indivíduos em vez de educa-los. Conclui-se que a medicalização sustenta-se na ideia de que os problemas, são oriundos de fatores internos, biológicos ou psicológicos. Ao considerar essa lógica isentam-se os variados fatores que determinam o sucesso dos escolares.Références
ANGELUCCI, C. B. et al. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 30, n.1, p. 51-72. Jan./abr. 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n1/a04v30n1.pdf>. Aceso m: 04 abr. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim de Farmacoepidemiologia. Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil: identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário. Brasília, ano 2, n. 2 | jul./ dez., 2012a. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/sngpc/boletins/2012/boletim_sngpc_2_2012_corrigido_2.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2017.
CALIMAN, L. V. A Biologia moral da atenção: a construção do sujeito desatento. 2006. Tese (Doutorado) – Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2006. Disponível em: < http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4445>. Acesso em: 20 out. 2017.
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. 6. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
COELHO, M. T. A.; ALMEIDA FILHO, N. Normal-Patológico, saúde-doença: revisitando Canguilhem. Phisis: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n.1, p. 13-36, 1999. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/physis/v9n1/02.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2017.
COLLARES, C. A. L.; MOYSÉS, M. A. A. Preconceitos no cotidiano escolar: ensino e medicalização. Campinas: Cortez, 2011.
______. A Transformação do Espaço Pedagógico em Espaço Clínico: Patologização da Educação. Série Ideias n. 23. São Paulo: FDE, 1994. p. 25-31. Disponível em:<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_23_p025-031_c.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2017.
______. História não contadas dos distúrbios de aprendizagem. Cadernos Cedes, Campinas: Papirus, n. 28, p. 31-48. 1992.
______. Educação, Saúde e formação da cidadania na escola. Educação e Sociedade. São Paulo. n. 32, p. 73-87, abr., 1989.
CAPONI, S. Biopolítica e medicalização dos anormais. Physis., v. 19, n. 2, p.529-549, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/physis/v19n2/v19n2a16.pdf >. Acesso em: 13 out. 2017.
CORD, D. et al. As significações Profissionais que Atuam no Programa Saúde na Escola (PSE) acerca das dificuldades de aprendizagem: patologização e medicalização do fracasso escolar. Psicol. Cien.prof., v. 35, n.1, p. 40-53, 2015. Disponível em: < http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282038428004>. Acesso em: 10 out. 2017.
Cordeiro et al. Revisão sistemática: Uma revisão narrativa. Comunicação Científica, Vol. 34 - Nº 6, p. 428-431, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v34n6/11.pdf>. Acesso em: 31 Mar. 2017
DECOTELLI, K. M.; BOHER, L. C. T.; BICALHO, P. P. G. A droga da obediência: medicalização, infância e biopoder – notas sobre clínica e política. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 22, n. 2, 2013. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pcp/v33n2/v33n2a14.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2017.
FORGIARINI, S. A. B.; SILVA, J. C. Fracasso escolar no contexto da escola pública: entre mitos e realidades. Portal dia a dia da educação, Paraná, 2016. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-4.pdf>. Acesso em: 09 out. 2016
FOUCAULT, M. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: edições Graal, 1999.
______. O nascimento da Clínica. Rio de Janeiro: editora Forense, 1977.
GOMES, R. K.; HENNING, F. A medicalização da infância e o crescimento do uso de psicofármacos por crianças no Brasil. Revista de Extensão e Iniciação Científica Unisociesc. Curitiba, v. 2, n. 1, p. 13-30, 2015. Disponível em: < http://www.sociesc.org.br/reis/index.php/reis/article/view/62/117>. Acesso em: 3 jan. 2017.
GUARIDO, R. A medicalização do sofrimento psíquico: considerações sobre o discurso psiquiátrico e seus efeitos na Educação. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.33, n.1, p. 151-161, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v33n1/a10v33n1.pdf>. Acesso em: 12 out. 2017.
MEIRA, M. E. M. Para uma crítica da medicalização na educação. Psicol. Esc. Educ. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 135-142. 2012, Disponível em:<http://www.redalyc.org/html/2823/282323570014/>. Acesso em: 20 out. 2016.
MOYSÉS, M. A. A. Não às drogas da obediência. Metrópole, Campinas, p. 10-11, 5 ago. 2012. Entrevista concedida à Karina Fusco. Disponível em: < http://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/clipping/revista_metropole_pag_10_e_11.pdf>. Acesso em: 20 out. 2016.
MOYSÉS, M. A.; COLLARES, C. A. L. Controle e medicalização da infância. Desidades, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, dez, 2013, p. 11-21. Disponível em: <http://desidades.ufrj.br/wp-content/uploads/2013/12/DESidades-1-port.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2017.
ORTEGA, F. et al. Ritalina no Brasil: produção, discurso e práticas. Interface - Comunic., Saude, Educ., Botucatu, v. 14, n. 34, p. 499-510, jul./set. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/icse/v14n34/aop1510.pdf>. Acesso em: 10 out. 2017.
PATTO, M. H. S. A produção do Fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. 4 ed. revisada e aumentada. São Paulo: intermeios, 2015.
SINGER, P. Prevenir e curar: o controle social através dos serviços de saúde. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1978.
ZAGO, N. Fracasso e sucesso escolar no contexto das relações família e escola: questionamentos e tendências em sociologia da educação. Revista Luso-Brasileira, Rio de Janeiro, ano 2 n. 3, p. 57-83, 2011. Disponível em: < https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/17155/17155.PDFXXvmi=>. Acesso em 20 out. 2017.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.