Percepções Docentes sobre o Ensino das Relações Étnico-Raciais através das Danças Circulares.
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i0.812Mots-clés :
formação continuada de professores(as), racismo, danças circulares.Résumé
Educar para as relações étnico-raciais significa viabilizar para todos(as) os(as) estudantes e professores(as), independentemente de sua etnia, conhecimentos sobre a história e cultura africana e afro-brasileira pois sabemos o quanto a invisibilidade destas interfere na construção de representações sobre o negro no Brasil. Este estudo propõe uma ação pedagógica voltada para o cumprimento da lei 10.639/03 utilizando a metodologia das danças circulares na formação continuada de professores(as) a partir dos valores civilizatórios afro-brasileiros, como: cooperativismo, circularidade, ludicidade, territorialidade, oralidade, religiosidade, ancestralidade, memória e energia vital. As danças circulares proporcionam momentos de cooperação, descontração e introspecção através da prática das danças de diversos povos. De acordo com os dados narrativos de 10 professores(as) que participaram da formação continuada “Danças Circulares na formação de professores(as) para as relações étnico-raciais”, observou-se que as questões sobre racismo, intolerância religiosa e discriminação são as dúvidas e tensões mais frequentes enfrentadas em sala de aula. A utilização das danças circulares para discutir e problematizar estas temáticas foi considerada pelos(as) docentes como uma aprendizagem através do movimento, da oralidade, do acolhimento da roda, ou seja, uma atividade leve e alegre na qual é possível refletir, conhecer, ressignificar e respeitar a diversidade étnico-racial.
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