Sobre a Educação Ambiental e a arte de viver: por uma refundação ética e epistêmica
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i0.807Mots-clés :
Arte de viver, Educação Ambiental, FundamentosRésumé
O artigo, que em termos metodológicos identifica-se por sua natureza teórica, apresenta uma proposição inicial sobre a necessidade de uma inversão axiológica no campo das pesquisas que versam sobre os Fundamentos da Educação Ambiental. Parte-se do princípio de que o cuidado de si precede o cuidado com o outro, seja este outro humano ou não humano. Assim, a prerrogativa que justifica a tendência ambientalista da preservação de uma natureza supostamente não humana passa a ser criticada, momento em que emerge o reconhecimento da arte de viver como possível fundamento para a Educação Ambiental. O texto apresentado não tem a pretensão de fixar-se como verdade última, mas intenta ensaiar uma reflexão sobre o problema contemporâneo que se convencionou chamar de crise ambiental e coloca à educação o desafio de responder às questões desta contemporaneidade, entre eles, as auguras da convivência humana no Planeta. Espera-se que este breve texto possa contribuir com outros desdobramentos investigativos no campo dos Fundamentos da Educação Ambiental.Métriques
Références
AMORIM, F. V.; CALLONI, H. Incidências éticas e epistemológicas de Francis Bacon na concepção da Natureza: contribuições à Educação Ambiental. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, n. 24, out. 2015, p. 85-101. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/resafe/article/view/17459/12506 Acesso em: 30 ago. 2017.
CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: Editora Cultrix, 1982.
FOUCAULT, M. História da Sexualidade 3. O cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
GARRÉ, B. H. O dispositivo da Educação Ambiental: modos de constituir-se sujeito na Revista Veja. 2015. 185 f. Tese (Doutorado em Educação Ambiental) – Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande. 2015.
GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (orgs.). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
GRÜN, M. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. Campinas: Papirus, 1996.
GRÜN, M. Em busca da dimensão ética da educação ambiental. Campinas: Papirus, 2007a.
GRÜN, M. A pesquisa em ética na educação ambiental. Pesquisa em Educação Ambiental (UFSCar), v. 2, p. 185-205, 2007b.
JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1996.
NIETZSCHE, F. Schopenhauer educador. Rio de Janeiro: Editora Escala, 2015.
PASCAL, B. O homem perante a natureza. São Paulo: W. M. Jackson INC., 1948.
RICOEUR, P. O si-mesmo como outro. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.
SARTRE, J.-P. O existencialismo é um humanismo. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.
SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M.; CARVALHO, I. C. M. (orgs.). Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.