A capoeira é só um esporte
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.503Mots-clés :
cultura, Ciências sociaisRésumé
A capoeira é um tipo de luta, jogo ou dança que, nas últimas décadas, obteve visibilidade e êxito transnacional, tendo sido reconhecida pela UNESCO como patrimônio cultural imaterial da humanidade. Este artigo trata do processo de transnacionalização da capoeira a partir de um outro prisma, a possessão espiritual de praticantes não brasileiros, por parte do espírito dos mestres de capoeira e, o posterior exorcismo destes espíritos. É comum, entre os capoeiristas, relatarem-se casos de transe nas rodas de capoeira, não sendo habitual ocorrerem situações e descrições de possessão. O estudo de caso, a tratar neste artigo, tem como objetivo analisar uma situação de possessão e exorcismo que se verificou na Polônia, junto a um jovem capoeirista polaco, e compreender, de que forma este fato suscitou debates sociais em torno da prática da capoeira e das formas de representação da sociedade polaca sobre si mesma e sobre a capoeira.
Palavras-chave: capoeira, exorcismo, transe, transnacionalização.
Références
ACETI, Monica. Devenir et rester capoeiriste en europe: transmissions interculturelles et 'mondialité' de la capoeira afro-brésilienne. Tese de Doutoramento em Sociologia. Université de France Comté, 2011.
BRITO, Celso, 2012, “La mandinga? ...c'est dur, mais ça m'échappe!: exercício antropológico sobreconcepções de franceses e brasileiros acerca da mandinga na Capoeira Angola”, Actas del I Encuentro Latinoamericano de Investigadores sobre Cuerpos y Corporalidades en las Culturas, Facultad de Humanidades y Artes, Universidad Nacional de Rosario, Rosario, Argentina.
CALAINHO, Daniela Buono. Metrópole das mandingas: religiosidade negra e inquisição portuguesa no antigo regime. Rio de Janeiro, Garamond, 2008.
CAMPOS, Roberta Bivar; GUSMÃO, Eduardo Henrique. Celebração da fé: rituais de exorcismo, esperança e confiança, na IURD. Revista Antropológicas. Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco. V. 19, n. 1, 2008.
DECÂNIO FLHO, Ângelo Augusto. Transe capoeirano: um estudo sobre a estrutura do ser humano e modificações do estado de consciência durante a prática da capoeira. CEPAC. Coleção São Salomão. Nº 5. Salvador, 2002.
FELIZ, Aboyomi, Mandela Silva. Permacultura e Capoeira Angola: Análise de Redes e estruturação de unidades demonstrativas na nova PNATER. Dissertação e mestrado, Universidade de Brasilia, 2014.
FERNANDES, Fábio Araújo. Capoeiragem In Between: um estudo etnográfico sobre a prática da capoeira na Alemanha. Tese de doutoramento em Antropologia. Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
GRANADA, Daniel. Les mestres, les groupes et les «lieux dynamiques » Identité et relocalisation de la pratique de la capoeira à Paris et à Londres. Tese de doutoramento em Antropologia. Université de Paris e University of Essex, 2013.
GUIZARDI, Menara Lube. Todo lo que la boca come. Flujos, rupturas y fricciones de la capoeira en Madrid. Tese de doutoramento em Antropologia. Universidade Autónoma de Madrid, Espanha, 2011.
GALENT, Marcin; KUBICI, Pawel. “New Urban Middle Class and National Identity in Poland”, Polish Sociological review, 3 (179): 386-400, 2012.
LEWIS, Ioan M. Êxtase religioso. São Paulo, Editora Perspectiva, 1997.
LIGIÉRO, Zeca. Corpo a corpo: estudo das performances brasileiras. Rio de Janeiro, Editora Garamond, 2011.
MUNIZ, Sodré. Mestre Bimba, corpo de mandinga. Rio de Janeiro, Manati, 2002.
PALKA, Dominik. “Czy cappoeira tylko sport?”, Revista O Egzorcysta, 7. Cracóvia, Polónia, 2013.
PALKA, Dominik. “Taniec na czesc balwanów”, Revista O Egzorcysta, 7. Cracóvia, Polónia, 2013.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.