Produtos artesanais de identidade territorial: o desenvolvimento do patrimônio natural e cultural na comunidade Mocambeiro - Brasil
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.492Mots-clés :
Artesanato, diversidade cultural, empreendedorismo, identidade, patrimônio.Résumé
Este trabalho apresenta parte dos resultados da pesquisa extensionista realizada na comunidade Mocambeiro, Matozinhos, Minas Gerais, entre 2015 e 2016, cidade em que o CEDTec, Centro de Estudos em Design e Tecnologia, promoveu oficinas de produtos artesanais de identidade territorial, inspirados nas figurações rupestres das grutas, abrigos e cavernas pré-históricas, ali existentes. A proposta busca valorizar o trabalho de produção artesanal da população local, principalmente as donas de casa, buscando ligação com a arte e o design. Realiza-se a contextualização dos símbolos do patrimônio arqueológico da região cárstica da APA (Área de Proteção Ambiental) de Lagoa Santa. A memória cultural, história e patrimônio arqueológico são abordados, através das oficinas de educação e arte, em um ambiente de troca, aprendizado e aperfeiçoamento para novas atividades, que estimulem a geração de renda e o empreendedorismo. Os procedimentos para a execução do projeto se dividem em três etapas: estudos para elaboração de oficinas e desenvolvimento de produtos, utilizando os materiais que possam ser encontrados na região de Matozinhos; desenvolvimento de oficinas para a comunidade de Mocambeiro e avaliação das atividades; desenvolvimento de produtos, a partir dos resultados, destinados a servirem se suporte para a continuidade do projeto, valendo-se da identidade local. Foi verificada a possibilidade de produção criativa e novas áreas de atuação do design nas comunidades artesãs, práticas indispensáveis à construção de valorização do artesanato local, atual e do futuro.
Références
ARANTES, A. A. Cultura e Territorialidade em Políticas Sociais. In: LAGES, V.; BRAGA, C.; MORELLI, G. (Org). Territórios em movimento: cultura e identidade como estratégia de inserção competitiva. Brasília: Relume Dumará/SEBRAE, 2004. p. 85-130.
ARMOND, M. A. Ecomuseu Mocambeiro. Postado em: 25 nov. 2012. Disponível em: http://ecomuseumocambeiro.blogspot.com.br/. Acesso em: 20 jun. 2017.
BAETA, A. et al. Estudo Técnico para a criação Monumento Natural Vargem da pedra. Belo Horizonte: IEF, 2009.
BERBERT-BORN, M. Carste de Lagoa Santa. In: Schobbenhaus, C.; Campos, D. A.; Queiroz, E. T.; Winge, M.; Berbert-Born, M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 2000. Disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/sitio015/sitio015.htm. Acesso em: 17 jul. 2017.
CANCLINI, N. G. Diferentes, desiguais e desconectados. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005.
CASTRO, L. M. B. de. Representações sexuais na pré-história, Parque Nacional Serra da Capivara: padrões cenográficos. Trabalho de conclusão do Curdo de Graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial. Universidade Federal do Vale do São Francisco. São Raimundo Nonato, 2010.
CETEC - FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS. A arte rupestre no Estado de Minas Gerais. Relatório Técnico, 1980.
DOMINGUES, Joelza Ester. Sítios arqueológicos pré-coloniais para visitar no Brasil, postado em 16 jan. 2016. Blog: Ensinar História.
ENDO, T. S. A pintura rupestre da pré-história e o grafite dos novos tempos. CELACC / ECA / USP, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projeto pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
GOULART, E. D.; TABULEIRO, S. A do. Plano de Desenvolvimento Sustentável Município de Conceição do Mato Dentro. 2007..
GRANBEL. História de Matozinhos. Postado em: 01 fev. 2011. Disponível em: http://www.granbel.com.br/index.php/municipios-metropolitanos/102-municipio-de-matozinhos-municipio-de-matozinhos/159-historia-de-matozinhosmg.html. Acesso em: 20 jun. 2017.
GUTHRIE, R. D. The Nature of Paleolithic Art. Chicago: University of Chicago Press, 2005.
IBGE-INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Minas Gerais. Cidades. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=314110. Acesso em: 20 jun. 2017.
IEPHA/MG - INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS. Disponível em: http://www.iepha.mg.gov.br/. Acesso em: 20 jun. 2017.
KOHLER, H.C. Geomorfologia cárstica na região de Lagoa Santa/MG. São Paulo: USP/Dep. Geografia, 1989.
LE GOFF, Jacques. História e memória. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2003.
LEROI-GOURHAN, André.The Dawn of European Art: An Introduction to Palaeolithic Cave Painting. Trad. Italiano Sara Champion. Nova York: Cambridge University Press, 1982.
MOURÃO, N. M.; LACERDA, A. C.; GUIMARÃES, L. H.; CASTRO, F. N. O. Empreendedorismo Social, Tecnologia Social e Design Universal: estudos para desenvolvimento de novos modelos. In: 1º SIMPOSIO NACIONAL DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL ENACTUS BRASIL. Fortaleza/CE. Período de 07 e 08 de julho de 2016.
PEREIRA, T. Panorama da arte rupestre brasileira: o debate interdisciplinar. In: Revista de História da Arte e Arqueologia, 2011; n.16, p. 21-38.
PREFEITURA DE MATOZINHOS. Disponível em: http://matozinhos.mg.gov.br/pagina/78_Historia.html. Acesso em: 25 jun. 2017.
SADIER, B. et al. Further constraints on the Chauvet cave artwork elaboration. Proceedings of the National Academy of Sciences. U S A, 2012.
SANTOS, M. O retorno do territorio. En: OSAL: Observatorio Social de América Latina. Año 6 no. 16 (jun. 2005). Buenos Aires: CLACSO, 2005.
SARTI, C. Vida en familia: casa, comida y vestido en la Europa moderna. Barcelona: Crítica, 2003.
WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórico e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e Diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
YÚDICE, G. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global. Trad.: Marie-Anne Henriette Jeanne Kremer. Belo Horizonte: UFMG, 2004.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.