Entre Fios e Desafios: Indústria da Moda, Linguagem e Trabalho Escravo na Sociedade Imperialista
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.468Mots-clés :
indústria da moda, linguagem, trabalho escravo.Résumé
Este trabalho objetiva analisar a significação do conceito de slow fashion, presente nos interstícios da linguagem da moda e disseminado nas mídias sociais, no intuito de desvendar os pressupostos ideológicos contidos no uso deste termo como forma de combater o trabalho escravo na sociedade Imperialista. Para concretizar este estudo realizou-se uma pesquisa ancorada no referencial teórico de Vigotski (2007, 2009) e de Ortiz (2009, 2011). As análises dos dados revelam que não basta refletir sobre a descartabilidade da moda e aderir ao slow fashion como principal linha de ação para lutar contra o trabalho escravo nas cadeias produtivas da indústria da moda. A questão que prioritariamente se coloca é como perscrutar e enfrentar as imposições de um sistema econômico que se reestrutura de modo contínuo, no intuito de reinar soberano, reengendrando novas formas de organização de trabalho extremamente injustas, desiguais e desumanas.Références
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 2011. 213 p.
BARROS, C. J. Trabalho escravo nas oficinas de costura (Fascículo). São Paulo, 2016. Disponível em: http://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/06/Fasc%C3%ADculo-Confecção-Textil_Final_Web_21.01.16.pdf. Acesso em: 30 jan. 2017.
BLOG SLOW DOWN FASHION. Conheça os 10 valores do Slow Fashion. 27 abr. 2016. Disponível em: https://www.slowdownfashion.com.br/single-post/2016/03/14/Ola. Acesso em: 02 jun. 2017.
BRESSER, D. Você sabe o que é fast fashion? Moda Ig, 2010. Disponível em: http://moda.ig.com.br/modanomundo/voce-sabe-o-que-e-fast-fashion/n123779569297/. Acesso em: 17 fev. 2017.
CAETANO, C. C. O cross-branding e a cocriação no âmbito do varejo de moda. 2013. 172 p. Dissertação (Mestrado em Têxtil e Moda) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
CATALDI, C.; DICKSON, M.; GROVER, C. Slow Fashion: tailoring a strategic approach towards sustainability. 2010. 102 p. Dissertação (Master of Strategic Leadership towards Sustainability) – School of Engineering, Blekinge Institute of Technology, Karlskrona, Sweden, 2010.
CIETTA, E. A revolução do fast fashion. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010. 263 p.
FAIRS, M. Li Edelkoort publishes manifesto explaining why "fashion is obsolete". Dezeen Magazine, 02 Mar. 2015. Disponível em: https://www.dezeen.com/2015/03/02/li-edelkoort-manifesto-anti-fashion-obsolete/. Acesso em: 05 Mai. 2017.
FLETCHER, K. Slow Fashion. Ecologist, sept. 2007. Disponível em: http://theecologist.org/green_living/clothing/269245/slow_fashion. Acesso em: 15 ago. 2016.
______; GROSE, L. Moda & Sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: SENAC São Paulo, 2011. 192 p.
GARCIA, G. Guarda-roupa compartilhado: conheça uma roupateca em São Paulo. Inteligência de Moda, 04 nov. 2015. Disponível em: http://www.crisguerra.com.br/2015/11/04/guarda-roupa-compartilhado-por-assinatura-mensal-conheca-a-roupateca/. Acesso em: 15 jun. 2017.
IANNI, O. Globalização: novo paradigma das ciências sociais. Estudos Avançados, São Paulo, n. 8, v. 21, p. 147-163, 1994.
______. A sociedade Global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. 194 p.
JOHANSSON, E. Slow fashion – the answer for a sustainable industry? 2010. 94 p. Dissertação (Master in Applied Textile Management The Swedish School of Textiles - The Swedish School of Textiles, University of Boras, Sweden, 2010.
KAPLAN, A. M.; HAENLEIN, M. Users of the world, unite! The challenges and opportunities of social media. Business Horizons, Paris, n. 53, p. 59-68, 2010.
LIMA, V. F. T. O Prolongamento da vida útil do vestuário de moda como alternativa para a redução de seu impacto socioambiental. 2013. 106 p. Dissertação (Mestrado em Têxtil e Moda) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007. 643 p.
_____.Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo: 2010. 271 p.
MARZOCHI, S. F. Mundialização, modernidade, pós-modernidade: entrevista com Renato Ortiz. Ciências Sociais Unisinos, v. 43, n. 1, p. 103-105, jan./abr. 2007.
MELLO, H.; BATISTA, A.; GUSMÃO, J. Entrevista com Renato Ortiz: “Porque o mundo é comum, o diverso torna-se importante”. Cadernos Cenpec, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 183-196, jan./jul. 2015.
MÉSZÁROS, I. Produção destrutiva e Estado capitalista. São Paulo: Ensaio, 1989. 105 p.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum, 11 de dezembro de 1987. Disponível em: http://www.un.org/documents/ga/res/42/ares42-187.htm. Acesso em: 20 fev. 2017.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção n. 29 aprovada na 14a Reunião de Genebra de 1930 (Decreto nº 41.721, de 25 de junho de 1957, Brasília. Disponível em: http://www.ilo.org/brasilia/convencoes/WCMS_235021/lang--pt/index.htm. Acesso em: 26 jul. 2016.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Relatório sobre as Estimativas Globais Econômicas do Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho, 20 de maio de 2014, Brasília. Disponível em: http://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-escravo/lang--pt/index.htm. Acesso em: 26 jul. 2016.
ORTIZ, R. Mundialização: saberes e crenças. São Paulo: Brasiliense, 2006. 211 p.
_____. Globalização: notas sobre um debate. Sociedade e Estado, Brasília, v. 24, n. 1, p. 231-254, jan./abr. 2009.
_____. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 2011. 236 p.
PEDROSO, P. Guarda-roupa compartilhado oferece acesso a peças por assinatura em SP. Revista da Folha de São Paulo, 08 de janeiro de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2017/01/1847632-guarda-roupa-compartilhado-oferece-acesso-a-pecas-por-assinatura-em-sp.shtml. Acesso em: 30 mai. 2017.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 191 p.
_____. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 496 p.
WATSON, M.; YAN, R. N. An exploratory study of the decision processes of fast versus slow fashion consumers. Jornal of Fashion Marketing and Management, EUA, v. 17, n. 2, p. 141-159, sept. 2013.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.