Pensar para além das etiquetas: alguma recepção do romance de 30 brasileiro

Autores

  • João Felipe Barbosa Borges Universidade Federal de Juiz de Fora/Instituto Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v3i2.431

Palavras-chave:

Romance de 30, Neorrealismo, O Quinze, Menino de Engenho, Amanuense Belmiro.

Resumo

Parece consenso, nos manuais e livros didáticos de Literatura Brasileira, apontar o romance de 30 como um movimento de retorno ao Realismo oitocentista, não raro, reduzido a dois polos estanques: de um lado, as obras de realismo social; de outro, as obras de realismo psicológico. Dois questionamentos, entretanto, se interpõem: (i) uma tal redução de um período tão fecundo como a década de 30 seria viável, sem que se tenha perdas significativas de análise e crítica das obras produzidas? (ii) face a este neorrealismo, até que ponto os romancistas de 30 foram, de fato, modernistas, e até que ponto se fixaram nas sombras de um realismo do passado? É em torno destas questões que, mediante a análise dos romances O Quinze, de Rachel de Queiroz, Menino de Engenho, de José Lins do Rego, e Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, este artigo se pautará.

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Biografia do Autor

João Felipe Barbosa Borges, Universidade Federal de Juiz de Fora/Instituto Federal Fluminense

Doutorando em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Professor DIII-3 do Instituto Federal Fluminense.

Referências

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Publicado

2017-10-18

Como Citar

Borges, J. F. B. (2017). Pensar para além das etiquetas: alguma recepção do romance de 30 brasileiro. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 3(2), 53–60. https://doi.org/10.23899/relacult.v3i2.431

Edição

Seção

Artigos - Fluxo Contínuo