Potências do ruído nas interfaces gráficas dos countergames
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i2.416Mots-clés :
tecnocultura, comunicação audiovisual, interfaces gráficas de usuário, imagens ruidosas, videogames.Résumé
Proponho neste artigo apresentar de que se tratam as construções imagéticas dos countergames, de modo a dar a ver como estes se inscrevem enquanto tendências experimentais dos videogames e verificar de que maneira se configuram como objetos pertinentes para pensar sobre as imagens ruidosas que tensionam e que convergem e/ou divergem com as imagens das interfaces culturais dos jogos de computador. Pretendo com isso demarcar fricções entre o design das interfaces gráficas de estéticas ruidosas e os constructos audiovisuais dos games, em uma relação ambivalente entre apagamento e permanência dos rastros da cultura audiovisual nestas superfícies. Busco, através disso, realizar uma angulação teórica entre a estética do ruído conforme proposta por Giselle Beiguelman, a abordagem de Alexander Galloway sobre art game mods, as interfaces culturais de que fala Lev Manovich e a pesquisa crítica e especulativa em software studies de Matthew Fuller, para discutir potências resultantes da interação entre estas perspectivas que compõem parte do tecido da tecnocultura contemporânea. Assim, a partir da comunicação audiovisual, mas explorando os limiares desta com o design de interface dos games, sugiro iniciar um debate passível de ampliação em discussões vindouras análogas ao tema.
Références
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BEIGUELMAN, Giselle. A era do capitalismo fofinho e seus dissidentes. In: RENA, Alemar; RENA, Natacha. In: Design e política. Belo Horizonte: Fluxos, 2014.
BOLTER, Jay; GROMALA, Diane. Windows and mirrors. Interaction design, digital art and the myth of transparency. Cambridge: MIT Press, 2003.
CHUN, Wendy. Programmed Visions: Software and Memory. Cambridge: MIT Press, 2013.
COLLINS, Karen. Interacting with Sound. In: Playing with sound: a theory of interacting with sound and music in video games. Cambridge: MIT Press, 2013.
DOVEY, John; KENNEDY, Helen. Game cultures: computer games as new media. Open University Press: Maidenhead, 2006.
FISCHER, Gustavo. Cinema em Devir nos Games: por um olhar arqueogenealógico nas interfaces culturais. In: Gerbase, Carlos; Gutfriend, Cristiane Freitas. (Org.). Cinema em choque: diálogos e rupturas. Porto Alegre: Sulina, 2013.
FLUSSER, V. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Rio de Janeiro: Relume, 2002.
FULLER, Matthew. Behind the bleep. Autonomedia: NY, 2003.
GALLOWAY, Alexander. Gaming: Essays on algorithmic culture. Electronic Mediations. University of Minnesota Press: Minneapolis, 2006.
GALLOWAY, Alexander. The Interface Effect. Cambridge: Polity Press, 2012.
MANOVICH, Lev. Database as a genre of new media. In: AI & Society, v. 14, 2010.
MANOVICH, Lev, New Media from Borges to HTML. In: MONTFORT, Nick; WARDRIP-FRUIN, Noah. The New Media Reader. Massachusetts: MIT, 2003.
SIHVONEN, Tanja. Players unleashed! Modding The Sims and the culture of gaming. PhD diss: University of Turku, 2009.
ZIELINSKI, Siegfried. A arqueologia da mídia. In: LEÃO, Lúcia. O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: SENAC, 2003.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.