“Deise Nunes- Daqui para o Brasil e o Mundo”: A representação da mulher negra em concursos de beleza
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v2i4.283Mots-clés :
Deise Nunes, concursos, gênero, mulata, mulher negra.Résumé
O presente trabalho é parte de uma pesquisa de dissertação de mestrado sobre um concurso intitulado “Miss Mulata” da cidade de Arroio Grande (RS), neste recorte, pretende-se abordar a trajetória de Deise Nunes. Ela participou deste certame em 1982, e de muitos outros concursos, até chegar ao título de Miss Brasil em 1986. Deise ter sido coroada como representante do Brasil se contrapõe a vários estereótipos de beleza, contrário a um padrão de branquitude, em que brancos são super valorizados. Deise causou surpresas ao representar o Estado Gaúcho e o país da miscigenação que sempre havia enviando para o Miss Universo mulheres brancas, e, preferencialmente, loiras. A principal metodologia utilizada nesta pesquisa foi a história oral, além de pesquisa em acervos de jornais.
Références
FIGUEIREDO, Ângela. “Cabelo, cabeleira, cabeluda e descabelada”: Identidade, Consumo e manipulação da aparência entre os negros brasileiros. XXVI Reuniaão Anual da Associação Nacional de Pós- Graduação e pesquisa em Ciências Sociais, Caxambu, Outubro de 2002.
GIACOMINI, Sonia Maria. A Alma da Festa: família, etnicidade e projetos num clube social da Zona Norte do Rio de Janeiro. O Renascença Clube. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro, IUPERJ, 2006.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito Racial: modos, temas e tempos. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2012.
GOMES, Nilma Nilo. Sem Perder a Raíz: Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. 2ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
HALL, Stuart. The work of representation. In: HALL, Stuart (Org.) Representation: Cultural representation and cultural signifying practices. London/Thousand Oaks/New Delhi: Sage/Open University, 1997. Pág. 15-64
MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e Sentidos. 3. ed, Belo Horizonte: Auntêntica Editora, 2012.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 3ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
NOVAIS, Joana de Vilhena. Beleza e feiura: corpo feminino e regulação social. IN: DELPIORE, Mary Del; AMANTINO, Márcia (org.). História do corpo no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
OLIVEIRA, Carolina dos Santos de. Adolescentes Negras: relações raciais, discurso e mídia impressa feminina na contemporaneidade. Belo Horizonte: Nandyala, 2010.
PACHECO, Ana Cláudia Lemos. Mulher Negra: afetividade e solidão. Salvador: ÉDUFBA, 2013.
SANT’ ANNA, Mara Rúbia. Concurso de Beleza: discursos e sujeitos. III Colóquio Nacional de Moda; 2014; Universidade Federal de Santa Catarina. Florianopolis: UDESC,2014.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese de Doutorado- Programa de Pós- Graduação em Psicologia. Instituto de psicologia de São Paulo. São Paulo, 2012.
SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009.
XAVIER, Giovana. Brancas de almas negras?: beleza, racialização e cosmética na imprensa negra pós- emancipação (Estados Unidos, 1890-1930), Campinas. São Paulo: 2012.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.