Práctica pedagógica decolonial: una profesora negra y la desconstrucción del uso exclusivo de autores blancos en la redacción del ENEM 2023
DOI:
https://doi.org/10.23899/k16gca42Palabras clave:
Decolonialidad; Docencia; ENEM; Redacción.Resumen
Este trabajo enfatiza la urgencia de prácticas pedagógicas decoloniales en la enseñanza de repertorios socioculturales en la redacción del ENEM, considerando su importancia para la construcción crítica de argumentos. El análisis parte del tema de la redacción de 2023, "Los desafíos para la valorización del trabajo de cuidado de la mujer en Brasil", y evidencia la ausencia de referencias a intelectuales negros entre los repertorios citados en las redacciones con la máxima puntuación. La investigación bibliográfica reveló que el 76,5% de los autores citados son blancos, lo que señala la perpetuación de un proyecto educativo blanquecino que invisibiliza la producción intelectual negra. A partir de esto, la práctica docente decolonial propuesta busca romper con esta lógica al valorar narrativas y saberes históricamente marginados, rescatando las contribuciones de autores negros y de otros grupos subalternizados. Este enfoque considera la educación como un acto político, capaz de transgredir estructuras de poder y promover una formación intercultural e inclusiva. También cuestiona el ideal hegemónico de neutralidad en la enseñanza al fomentar la criticidad y la representatividad en el espacio escolar. De esta manera, los resultados indican que la práctica pedagógica alineada con la perspectiva decolonial no solo amplía el repertorio cultural de los estudiantes, sino que también contribuye a deconstruir estigmas y desigualdades históricas, resignificando el lugar de las minorías en la producción del conocimiento. Se concluye que la integración de prácticas educativas decoloniales en la preparación para el ENEM es fundamental para transformar la redacción en un espacio de resistencia y emancipación.
Referencias
BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray;
BENTO, Maria Aparecida Silva; PIZA, Edith. Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. p. 01-30.
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A redação do ENEM 2024: cartilha do participante. Brasília: INEP, 2024. Disponível em: <https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avaliacoes_e_exames_da_educacao_basica/a_redacao_no_enem_2024_cartilha_do_participante.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2024.
BORGES, Rosane S. Novas narrativas, educomunicação e relações raciais: um campo possível para o exercício da alteridade. Educere et Educare, Cascavel, v. 10, n. 20, p. 741-756, 2015.
CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Fator, 1980.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Módulo 04 – Competência II: material de leitura. Brasília: INEP, 2019.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. São Paulo: Ação Educativa, 2012. Disponível em: https://acaoeducativa.org.br. Acesso em: 12 jan. 2024.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: outras formas de trabalho 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. ISBN 978-85-240-4574-5. Disponível em: https://www.ibge.gov.br. Acesso em: 28 nov. 2024.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. Organização de Audálio Dantas. 2. ed. São Paulo: Ática, 2014.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MIRANDA, Eduardo Oliveira. Corpo-território & educação decolonial: proposições afro-brasileiras na invenção da docência. Salvador: EDUFBA, 2020. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32375/3/corpo-territorio-educacao-decolonial-repositorio.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2024.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
WALSH, Catherine. Introdución: (re) pensamiento crítico y (de) colonialidad. In: WALSH, C. Pensamiento crítico y matriz (de)colonial: reflexiones latinoamericanas. Quito: Abya-yala, 2005. p. 13-35.
WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Sara Santos Alves, Eduardo O. Miranda

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.