A Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares: uma Leitura Neoliberal Institucionalista
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v2i4.262Mots-clés :
ABACC, Argentina, Brasil, integração regional, não-proliferação nuclear, Neoliberalismo Institucionalista..Résumé
A América Latina é uma região rica em arranjos institucionais responsáveis por avançar processos de integração regional. Dentro dessa vastidão, alguns casos específicos acabam perdendo-se, independentemente de seu sucesso ou fracasso. Buscando contribuir para a bibliografia que procura suprir essa deficiência, o presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de formação e a atuação de um caso bem-sucedido de integração: a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC). Tal análise busca responder a seguinte pergunta: quais elementos explicam esse sucesso? A hipótese é a de que proposições neoliberal-institucionalistas são aptas a oferecer tal explicação. Para tal, faz-se uso da teoria Neoliberal Institucionalista para compreender de que forma essa agência contribuiu para o fim das tensões nucleares entre Brasil e Argentina no fim do século passado. O artigo se divide em três seções: na primeira, realiza-se uma discussão acerca do Neoliberalismo Institucionalista, suas propostas, críticas e choques com o Neorrealismo; em seguida, o processo histórico de formação da ABACC, bem como seus meios de atuação, é apresentado; por fim, a terceira seção realiza um esforço de leitura da atuação da agência a partir do instrumental teórico neoliberal.
Références
ALVAREZ, Rodrigo. Regional approaches to nuclear security and transparency: the example of Argentina and Brazil. Nuclear Security Governance Experts Group, 2012. Disponível em: http://www.nsgeg.org/Regional%20Approaches%20to%20Nuclear%20Security%20and%20Transparency-The%20Example%20of%20Argentina%20and%20Brazil.pdf. Acesso em: 02 agosto 2016.
CASTRO; Thalles. Teoria das Relações Internacionais. Brasília: FUNAG, 2012.
DO CANTO, Odillon. Discurso apresentado na Conferência de Revisão do TNP 2015. Nova York, mai. 2015. Disponível em: http://www.abacc.org.br/wp-content/uploads/2015/05/Discurso-TNP-2015-PORT.pdf. Acesso em 04 set. 2016.
GONÇALVES, Pascoal. Jogos ocultos e potências médias: um estudo da atuação brasileira na OMC. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2011.
GONÇALVES, João; LITTMAN, François; SEQUEIRA, Vitor; SIRONI, Marco; ANDERSEN, Martin; MACHADO, Luís, PEIXOTO, Orpet; ALMEIDA, Silvio de; MORENO, Sónia. EU-ABACC Cooperation: Strenghtening Safeguards Capabilities. Proceedings of 37th ESARDA Symposium on Safeguards and Nuclear Non-Proliferation. Reino Unido, mai. 2015. Disponível em: http://www.abacc.org.br/wp-content/uploads/2015/09/EU-ABACC-Cooperation-Manchester-2015.pdf. Acesso em: 21 setembro 2016.
KEOHANE, Robert. International Institutions: Two Approaches. In: International Institutions and State Power: Essays in International Relations. Estados Unidos: Westview Press,1989.
KIM, B-K; ALBRIGHT, David. Wrap-up Session Summary: main themes and proposals. In: HIGGINS, Holly (ed). Building nuclear confidence on the Korean Peninsula, jul. 2001. Disponível em: http://isis-online.org/uploads/conferences/documents/wrapup.pdf. Acesso em: 04 de agosto de 2016.
KUTCHESFAHANI, Sara. Who Shapes the Politics of the Bomb? The Role of Epistemic Communities in Creating Non-Proliferation Policies. Working Paper WP, n. 3, dez. 2010.
MAIA, Cibelle. Adoção internacional: alternativa viável ou exportação de problemas? Uma interpretação do caso do Haiti no Pós-terremoto. Revista Acadêmica de Relações Internacionais, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 6-50, nov./fev. 2011.
MENDES, Pedro. A invenção das Relações Internacionais como Ciência Social: uma introdução a Ciência e a Política das RI. Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2010. Disponível em: http://www.cepese.pt/portal/pt/investigacao/working-papers/relacoes-externas-de-portugal/a-invencao-das-relacoes-internacionais-como-ciencia-social-uma-introducao-a-ciencia-e-a-politica-das-ri-2217/A%20Invencao%20das%20Relacoes%20Internacionais%20como%20ciencia%20social.pdf. Aceso em 11 agosto 2016.
MINGST, Karen. Essentials of International Relations. 2 ed. Nova York: W. W. Norton, 2003.
MOREIRA JUNIOR, Hermes. Contestando a “Ciência Social Norte-Americana”: Críticas à postura conservadora das teorias do mainstream das Relações Internacionais. Brazilian Journal of International Relations, Marília, v. 1, n. 3, p. 449-480, 2012.
NOGUEIRA, João. Teoria das Relações Internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
OLIVEIRA, Antonio; DO CANTO, Odilon. ABACC, um ejemplo de integración y transparencia. IX Latin American IRPA Regional Congress on Radiation Protecion and Safety, Rio de Janeiro, 2013.
ORSTEIN, Roberto. ABACC: 20 años de exitosa existencia. CNEA, a. 11, n. 43-44, p. 5-6, jul./dez. 2011.
PEREIRA, Demétrius; ROCHA, Rafael. Segurança na União Europeia e UNASUL: entre o institucionalismo e o cosmopolitismo. Conjuntura Global, v. 4, n. 3, p. 438-456, set./dez. 2015.
RANA, Waheeda. Theory of Complex Interdepence: A comparative analysis of Realist and Liberal Thoughts. International Journal of Business and Social Science, n. 2, v. 6, fev. 2015.
REDDICK, John. Nuclear Illusions: Argentina and Brazil. Occasional Paper, Estados Unidos, n. 25, 1995.
SALOMÓN, Mónica. La teoría de las relaciones internacionales en los albores del siglo XXI: diálogo, disidencia, aproximaciones. Revista Electrónica de Estudios Internacionales, n. 4, p. 1-59, 2002.
SANTOS, Suelma Rosa dos. Estudo comparado acerca da atuação do Brasil e da Índia na Organização Mundial de Comércio de Seattle a Cancún. Brasília, Universidade de Brasília, 2006.
SARFATI, Gilberto. Teoria de Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.