Bem-vindos ao baile!
O Ballroom como símbolo de identidade e representação queer
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v10i1.2395Mots-clés :
Queer, espaço de representação, LGBTQIA+, BallroomRésumé
Este artigo propõe uma discussão acerca da cultura do ballroom como ferramenta de representação para a comunidade queer e correlacionar a cultura para além dos salões de baile. O ballroom teve seu grande ápice na comunidade LGBTQIA+ periférica de Nova York, na década de 1980, com pesquisadores datando seu surgimento na década de 60 e até mesmo nos anos 20, onde a subcultura negra LGBTQIA+ começou a se formar em Detroit, nos Estados Unidos. Os grupos sociais mais presentes nesses espaços eram – e seguem sendo – os corpos queer afro-americanos e latino-americanos, que caracterizavam o espaço como um refúgio onde poderiam expressar suas identidades e se sentirem acolhidos. Utilizamos para nossa análise os seriados ‘Pose’ e ‘Legendary’, além do documentário ‘Paris Is Burning’, que envolvem a temática e nos possibilitam a discussão empírica e espacial a partir de suas simbologias. Notamos a partir desses elementos, a relação dos salões de baile com a espacialidade e cotidiano queer, uma vez que suas vivências perpassam diretamente aos espaços subterrâneos de festa e lazer, nos quais há maior possibilidade de expressão e subjetividade.
Références
AGUIAR, Andréa L. V. Lazer, orgiasmo e tragicidade. Natal: UFRN, 2009. Disponível em: https://www.cchla.ufrn.br/humanidades2009/Anais/GT10/10.2.pdf Acesso em out. 2023.
ARAUJO, Ana C. C. A AIDS e a imprensa: as vozes e os silêncios nas reportagens do dia mundial da luta contra Aids de 1988 a 2013. Tese (Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde - PPGICS ICICT/FIOCRUZ). Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro – RJ, 2016.
BAILEY, Marlon. Butch Queens Up in Pumps: Gender, Performance, and Ballroom Culture in Detroit. Michigan: The University Of Michigan Press, 2013.
BERTE, Odailso. Vogue: dança a partir de relações corpo-imagem. Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Dança, Salvador, 2014. Disponível em: https:// periodicos.ufba.br/index.php/revistadanca/article/view/13338 Acesso em out. 2023.
BLAKE, Meredith. How “Pose” perfectly re-creates the queer ball culture of 1990 New York. LA Times. 2 ago. 2019. Disponível em: https://www.latimes.com/entertainment-arts/tv/story/2019-08-01/pose-fx-ryan-murphy-billy-porter-ball-culture Acesso em out. 2023.
BUTLER, Judith. Gender Trouble: Feminism and Subversion of Identity. New York: Routledge, 2006.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert. São Paulo: Edições n-1, 2013.
FRANÇOSA, Douglas. “Pose”: o “Vogue” para muito além de Madonna + o ballroom brasileiro. Portal PopLine. 7 jan. 2021. Disponível em: https://portalpopline.com.br/po se-o-vogue-para-muito-alem-de-madonna-o-ballroom-brasileiro/ Acesso em out. 2023.
GALLEGO CAMPOS, Fernando R. O conceito de espaço de representação do futebol como possibilidade para apreensão do futebol profissional e amador como fenômenos da espacialidade. Boletim geográfico, Maringá, 2018. Disponível em: https://periodicos.uem. br/ojs/index.php/BolGeogr/article/download/29282/pdf Acesso em out. 2023.
GALLEGO CAMPOS, Fernando R. Uma geografia do futebol amador: espaços de representação do futebol amazonense a partir do “peladão”. Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-graduação em Geografia. Curitiba, 2009.
GIL FILHO, Sylvio. F. Espaço de Representação: Uma Categoria Chave para a análise cultural em Geografia. In: Anais do I Encontro Sul-Brasileiro de Geografia. Curitiba: AGB, 2003.
GUATTARI, Felix. ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1986.
INOCÊNCIO Adalberto F., GONÇALVES, Cléberson D. Quem tem medo do queer? Quando a potência política da arte cede à cafetinagem. Revista Educação e Linguagens, Campo Mourão, 2020. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/revistaeduclings /article/view/6632 Acesso em out. 2023.
LEFEBVRE, Henri. La producción del espacio. Madrid: Capitán Swing, 2013
MAFFESOLI, Michel. A Sombra de Dionísio: contribuição a uma sociologia da orgia. Tradução: Rogério de Almeida. 2 ed. São Paulo: Zouk, 2005
MAFFESOLI, Michel. Notas sobre a pós-modernidade: O lugar faz o elo. Rio de Janeiro: Atlântica editora, 2004.
MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos: O declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.
MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2003.
SCUDELLER, Pedro A. P.; SANTOS, T. H. R. “I Am Ballroom”: tensões, reiterações e subversões na partilha do sensível da cultura ballroom midiatizada. Revista Tropos: Comunicação, Sociedade e Cultura, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index .php/tropos/article/view/3997 Acesso em out. 2023.
SALIH, Sara. Judith Butler e a teoria queer. Tradução e notas de Guacira Lopes Louro. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
SCHIJEN, Sarah. Uma breve história sobre o voguing, contada pela Vogue. Vogue. 6 jun. 2019. Disponível em: https://www.vogue.pt/voguing-historia-danca Acesso em out. 2023.
SCHMID, C. A teoria da produção do espaço de Henri Lefebvre: em direção a uma dialética tridimensional. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), 2012. Disponível em: https://www. revistas.usp.br/geousp/article/view/74284 Acesso em out. 2023.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Vinicios Nalin 2024

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.