Desvelando as disputas em torno da “ideologia de gênero” na atualidade
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v8i1.2309Mots-clés :
“Ideologia de Gênero”, Democracia, DiversidadeRésumé
A "ideologia de gênero" parece ser uma tese sem a necessidade de muitos argumentos nos dias atuais. É vista por uma parcela da sociedade como algo pernicioso para o desenvolvimento das crianças, capaz de violar a liberdade das famílias e a integridade das igrejas. A consequência é uma avalanche de revolta que arrasta pessoas por conta de um entendimento distorcido. Esta abordagem pretende, pois, aprofundar aspectos inerentes ao debate, bem como, respaldar a perspectiva da democracia e dos direitos individuais quando ameaçados por ofensivas de lideranças com forte ingerência política. Os resultados indicam que, embora afirmem ser contra uma ‘ideologia’, na verdade, estas lideranças atuam para interromper a consolidação de valores essências à democracia, como o tratamento igual aos indivíduos, independente do que os singulariza e a promoção do respeito à pluralidade e diversidade.
Références
ALZAMORA Revoredo, Oscar. La ideología de género: sus peligros y alcances. Lima: Comisión de la Mujer; Comisión Episcopal de Apostolado Laical, Conferencia Episcopal Peruana, 1998.
AMOROS, Celia. Hacia una crítica de la razón patriarcal. Barcelona: Editorial Anthropos, 1985.
ARÁN, Márcia; PEIXOTO JÚNOR, Carlos Augusto. Subversões do desejo: sobre gênero e subjetividade em Judith Butler. Cadernos Pagu. N°. 28, Jan/ Jul. 2007, Campinas, São Paulo, 2007, p. 129-147.
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.
BIROLI, Flávia. O que está por trás do boicote religioso à “ideologia de gênero”. In: https://revistaforum.com.br/noticias/o-que-esta-por-tras-do-boicote-religioso-a-ideologia-de-genero/. Acesso em: 30 de Ago. 2019.
BURGGRAF, Jutta. “Qué quiere decir género”. En torno a un nuevo modo de hablar. Promesa: San José, Costa Rica, 2001.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
COELHO, Fernanda Marina Feitosa; SANTOS, Naira Pinheiro dos. A mobilização católica contra a “ideologia de gênero” nas tramitações do plano nacional de educação brasileiro. Religare, Vol.13, n.1, Jul. 2016, p. 27-48.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2001.
HARDING, Sandra. Ciencia y Feminismo. Madrid: Ediciones Morata, 1996.
LOBO, Marisa. A ideologia de gênero na educação – como essa doutrinação está sendo introduzida nas escolas e o que pode ser feito para proteger a criança e os pais. Curitiba: Ministério Marisa Lobo, 2016.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. Rio de Janeiro, Petrópolis; Vozes, 1997.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
MIRANDA, Gabriel. O Debate sobre Segurança Pública em Tempos de Pós-Verdade. In: https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2019/02/o-debate-sobre-seguranca-publica-em-tempos-de-pos-verdade-por-gabriel-miranda/ Acesso em: 10 de Set. 2019.
O’LEARY, Dale. The Gender-Agenda: redefining equality. Lafayette: Vital Issues, 1997.
ROSADO-NUNES, Maria J. F. A “ideologia de gênero” na discussão do PNE: a intervenção da hierarquia católica. Horizonte, Belo Horizonte, v. 13, n. 39, jul/set. 2015. p. 1237-1260.
RUBIN, Gayle. Pensando o sexo: notas para uma teoria radical das políticas da sexualidade. Cadernos Pagu, Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero, n. 21, 2003. p. 1-88.
SANTOS FILHO, Ismar Inácio. “Ideologia de gênero”: interpretação equivocada, repeti¬ção do equívoco. Bagoas - Estudos de Gays: Gênero e Sexualidades. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, vol. 10, n. 15, 2016. p. 33-58.
SCALA, Jorge. La ideología del género o el género como herramienta de poder. Rosario: Ediciones Logos Ar, 2010.
SCOTT, Joan. Gender: a useful category of historical analysis. The American Historical Review, Bloomington, v. 91, n. 5, 1986. p. 1053-1075.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, 1995.
SHELDON, Louis. P. A Estratégia. O plano dos homossexuais para transformar a sociedade. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2012.
STANLEY, Jason. Como Funciona o Fascismo. A política do “nós” contra “eles”. L&PM: Porto Alegre, 2018.
TIBURI, Márcia. Vamos conversar sobre Gênero. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/vamos-conversar-sobre-genero/. Acesso em 06 de Set. 2019.
TONDELLO, Dom Neri José. Nota da CNBB: “ideologia de gênero”. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: Regional Oeste II. Disponível em: http://www.diocesederondonopolis.org.br/2015/2015/06/nota-da-cnbb-ideologia-de-genero/. Acesso em: 05 de Set. 2019.
VERO, Justino. E por falar em preconceito e gênero... Rio de Janeiro: LMJ Mundo Jurídico/GZ Editora, 2016.
VITAL DA CUNHA, Christina; LOPES, Paulo Victor Leite. Religião e Política: uma análise da atuação de parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e de LGBTs no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2012.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Celso Gabatz, Rosângela Angelin 2022

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.